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Ato lembra 15 anos da morte do jornalista Tim Lopes

03/06/2017 07h10

Oito painéis com fotos do jornalista Tim Lopes foram instalados hoje (2) na praia de Copacabana,

Agência Brasil

Oito painéis com fotos do jornalista Tim Lopes foram instalados nesta sexta-feira (2) na praia de Copacabana, na altura da Avenida Princesa Isabel, e de outros profissionais da imprensa, mortos ou agredidos no exercício da profissão. Também foi colocada no local uma lista com os nomes de 37 profissionais da imprensa mortos no país desde 2002.

O ato, feito pela organização não governamental (ONG) Rio de Paz, marca os 15 anos do assassinato de Tim, aos 51 anos, no dia 2 de junho de 2002, na Vila Cruzeiro, na Penha, zona norte da cidade, quando fazia reportagem sobre a exploração sexual de adolescentes em bailes funk, promovidos por traficantes da região.

O presidente da ONG, Antônio Carlos Costa, disse que a homenagem foi estendida a jornalistas mortos nos últimos anos, para expor a violência contra a imprensa e a violação ao direito de informar e ser informado.

“São dados assustadorese que mostram o quanto estes profissionais são necessários. Sem eles não haveria democracia, uma vez que ela depende de cidadãos bem informados. O trabalho do jornalista consiste em desconstruir inverdades que, muitas vezes, são disseminadas pelos detentores do poder econômico, do poder político”, disse Costa, que agradeceu o trabalho da imprensa.

“Do ponto de vista dos movimentos sociais, são os jornalistas que nos pautam, que apresentam a matéria-prima das nossas manifestações. Quando vamos para as ruas protestar, são eles que dão visibilidade ao nosso ato público, aos nossos protestos. A manifestação de hoje é um agradecimento aos jornalistas brasileiros.”

De acordo com dados da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), de 2013 a 2016 ocorreram 300 casos de agressões a jornalistas durante a cobertura de manifestações, por parte das forças de segurança e dos manifestantes.

De acordo com a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), o número de agressões vem aumentando a cada ano. A ONG Repórteres sem Fronteiras colocou o Brasil em 103º lugar no ranking de liberdade de expressão, o segundo país mais perigoso para profissionais de imprensa na América Latina depois do México.

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