
A Controladoria-Geral da União (CGU), por meio da Corregedoria-Geral da União (CRG), promove, em Brasília, nos dias 4, 5 e 6 de novembro de 2025, o Encontro Nacional de Corregedorias, no Teatro da Sede da Poupex. O evento tem como objetivo debater temas relevantes da matéria disciplinar, fortalecer as atividades correcionais na Administração Pública e capacitar servidores e empregados públicos que atuam na área.
A abertura do encontro, realizada nesta terça-feira (4/11), contou com a presença do ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, da secretária-executiva da CGU, Eveline Brito, da corregedora-geral da União, Fernanda Álvares da Rocha, do presidente da Poupex, general Valério Stumpf.
Durante o encontro desta terça, foram realizadas palestras, painéis e a cerimônia de premiação do Concurso de Boas Práticas Correcionais, que reconhece iniciativas de excelência no fortalecimento do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal (Siscor). Nos dias 5 e 6, o encontro segue com atividades de capacitação técnica voltadas a servidores da área.
Maturidade institucional e papel estratégico da integridade
Em sua fala de abertura, o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho, ressaltou que o encontro apresenta um marco histórico para a Administração Pública, celebrando os 20 anos de consolidação do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal.
“Hoje, nos reunimos para celebrar um marco fundamental na história da administração pública brasileira: os 20 anos de existência do sistema de correição do Poder Executivo Federal. Uma instituição que não apenas atingiu a maturidade, mas que acumulou experiência, inovou e está pronta para liderar a próxima geração de desafios da integridade pública no Brasil”, afirmou o ministro.
Ele destacou ainda que a função correcional passou a ser reconhecida como pilar estratégico do sistema de integridade pública, contribuindo para a confiança da população nas instituições democráticas.
“Uma corregedoria moderna não apenas pune, mas também orienta, educa e previne. Ao fazê-lo, fortalece o que há de mais valioso em uma democracia: a confiança do cidadão em suas instituições”, reforçou Carvalho.
O ministro também mencionou o Programa de Fortalecimento das Corregedorias (ProCor) como exemplo de avanço federativo, que já alcança mais de 430 entes da federação, oferecendo apoio técnico, capacitação e acesso a ferramentas tecnológicas.
Segundo ele, “ao fortalecer a ponta, fortalecemos o todo, construímos juntos uma malha de integridade que torna o Brasil mais resiliente à má gestão e à corrupção”.
Integração e compromisso com a justiça
A secretária-executiva da CGU, Eveline Brito, destacou o simbolismo dos 20 anos do sistema de correição, que, segundo ela, atinge a maturidade com responsabilidade e compromisso coletivo.
“Chegar aos 20 anos é chegar com muita responsabilidade, defendendo um país que busca justiça social e institucional. É olhar para o que construímos e, principalmente, para o que ainda há de vir”, afirmou.
Eveline ressaltou também a importância da integração entre corregedores, auditores e ouvidores para o fortalecimento da integridade pública:
“Sem o outro, sem o ouvidor, o auditor interno, o gestor, nós não alcançamos os resultados que precisamos entregar. Integridade é trabalho conjunto, é diálogo entre quem fiscaliza, quem escuta e quem executa”, completou.
Ela lançou ainda o desafio para que, em 2026, seja realizado um encontro integrado entre todas as áreas que compõem o ecossistema da integridade pública, como corregedorias, ouvidorias, unidades de auditoria interna e comissões de ética.
Atividade correcional como instrumento de justiça e de confiança
Ainda durante a abertura do evento, a corregedora-geral da União, Fernanda Álvares da Rocha, afirmou que o encontro é uma oportunidade valiosa para “compartilharmos experiências, discutirmos avanços, enfrentarmos desafios e, sobretudo, reafirmarmos nosso propósito comum: fortalecer a atividade correcional como instrumento de justiça e de confiança da sociedade no Estado”.
Parceria institucional e cultura de integridade
O presidente da Poupex, general Valério Stumpf, destacou a importância de sediar o evento e reforçou o papel da integridade como base da boa governança institucional.
“Mais do que sediar o Encontro Nacional de Corregedorias, esta é uma oportunidade de reforçar o diálogo institucional e compartilhar boas práticas entre organizações que têm como propósito servir melhor à sociedade”, afirmou.
Para Stumpf, integridade é mais que um conjunto de normas e políticas:
“É uma cultura que precisa ser vivenciada no cotidiano das instituições e estar presente nas decisões, nos processos e nas relações humanas. Construí-la exige constância, exemplo e liderança.”
Vinte anos de avanços e modernização
Desde sua criação, em 2005, com o Decreto nº 5.480, o Sistema de Correição consolidou-se como referência na Administração Pública, modernizando procedimentos e ampliando a transparência e a eficiência na atividade disciplinar.
Nos últimos anos, a CGU promoveu uma série de inovações normativas e tecnológicas, como a Portaria Normativa nº 27, que consolidou regras e trouxe maior segurança jurídica aos agentes públicos, além do Processo Eletrônico Correcional, do Painel Correção em Dados e do assistente virtual EVA, baseado em inteligência artificial.
A evolução dos indicadores demonstra a efetividade dessas ações: houve redução de mais de 20% no tempo médio entre instauração e julgamento de processos, além de melhoria de 48% no índice de apenações prescritas.
Compromisso com o futuro
O Encontro Nacional de Corregedorias reafirma o compromisso da CGU em fortalecer a integridade pública como valor central e inegociável da gestão pública brasileira.
“Os próximos 20 anos serão de consolidação da integridade como valor que guia o serviço público. Essa é uma agenda que ultrapassa governos e se firma como compromisso de Estado”, concluiu o ministro da CGU, Vinícius Marques de Carvalho.
Fonte: Controladoria-Geral da União

