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Eleições 2018: Nos faltam inteligência e sabedoria

Por: Edilson José Alves

15/10/2018 15h20 – DN

Mais uma vez a história se repete. Os candidatos paraquedistas sobrevoam, pousam e retornam para suas bases levando os votos de Ponta Porã. Dos mais de 63 mil eleitores aptos ao voto, pouco mais de 23 mil se dispuseram a votar nos nove candidatos a deputado estadual do município. E a votação conferida aos seis candidatos a deputado federal foi ainda mais pífia. Os postulantes locais só receberam o voto de confiança de pouco mais de 13 mil eleitores.

A melhor votação para deputado estadual foi dada ao vereador Rony Lino (PSDB). Dos mais de 63 mil eleitores aptos ele conseguiu 5.810 que somado aos votos de outras cidades fechou em 6.463 votos, ficando muito distante do eleito menos votado do seu partido, Professor Rinaldo que somou 24.437 votos.

O segundo mais votado em Ponta Porã foi o vice-prefeito Caio Augusto (PSD). Ele recebeu 4.822 votos que somados aos de fora atingiu 6.518 votos, também distante do eleito pelo seu partido, Londres Machado, que obteve 20.782 votos. Do mesmo partido de Rony Lino, Otaviano Cardoso também tentou, mas não conseguiu chegar. Ele recebeu 3.330 da soma total de 3.997 votos.

Com a quarta maior votação aparece a estreante Raquel Portiolli (PSL), com 3.022 votos. No geral, Raquel foi a candidata mais votada para deputada estadual com 7.389 votos. Logo a seguir aparece o ex-vice-prefeito Álvaro Soares (Patriota) que tentou mais uma vez, mas também sem sucesso. Recebeu 2.873 votos dos pontaporanenses que somados aos de fora totalizaram 4.773.

Na sexta posição do ranking aparece Paulinho do PT com 1.732 votos de um total de 2.003; seguido de Carlos Jardim (PTB) que conseguiu 788 votos de um total de 1.616; Rosane Mazetto (Podemos), com 717 de 888 votos e, por último, Walquíria Capusso (MDB), com 345 de um total de 503 votos. Na soma geral, dos 63.316 eleitores aptos ao voto, apenas 23.439 foram conferidos aos candidatos do próprio município, o restante foi para candidatos de fora, abstenções, brancos e nulos.

Se a votação dos candidatos à Assembleia Legislativa não foi boa, a dos que almejavam uma cadeira na Câmara Federal foi ainda pior. Os votos dos eleitores locais foram dados aos candidatos de fora. Apenas 13.719 foram conferidos aos candidatos de Ponta Porã. O mais votado deles foi o Zé da Viola (PSL), que obteve 4.688 de um total de 22.763 votos. A segunda votação foi conferida à Anny Espínola (PSDB), que alcançou 3.163 dos 3.751 votos. O eleito com a menor votação do mesmo partido de Anny, Beto Pereira, somou 80.500 votos. O comerciante Eduardo Gaúna (Podemos) também tentou, mas não deu. Ele obteve 2.944 de um total de 3.765 votos. Brunoí Reichardt (MDB) recebeu 1.731 votos de Ponta Porã de um total de 2.028 votos; Ronaldo Franco (Patriota) teve 1.159 de um total de 1.653 votos e na última colocação, Fermina Cristaldo (PT) que obteve apenas 34 de um total de 577 votos.

Com a quantidade de candidatos que se lança em cada eleição, com a falta de um projeto político consistente e estrutura de campanha, é possível que Ponta Porã apesar de ser a quinta maior cidade de Mato Grosso do Sul continue por muito tempo amargando a falta de representantes nas esferas estadual e federal. Os inteligentes aprendem com os próprios erros; os sábios aprendem com os erros dos outros. Nós, não estamos sendo inteligentes e muito menos sábios.

*Jornalista

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