COP30: Cidades debate como enfrentar a elevação do nível do mar

A elevação do nível do mar pode provocar diversos problemas para as cidades. Inundações ocasionais e erosão na costa são os efeitos mais visíveis, mas até cidades sem praia podem ser muito afetadas, por exemplo, pela salinização de rios importantes para o abastecimento de água de cidades. Para discutir estratégias diante desse tipo de ameaça, o Ministério das Cidades participa nesta quarta-feira (12) do painel Gestão Abrangente de Riscos para Enfrentar os Impactos em Cascata da Elevação do Nível do Mar nas Cidades 

O evento será realizado na Casa Vozes dos Oceanos (Centro Cultural Casa das Onze Janelas), em Belém (PA), dentro da programação oficial de eventos paralelos da COP30. A discussão abordará os múltiplos impactos da elevação do nível do mar sobre cidades costeiras e ribeirinhas e a necessidade de estratégias integradas para fortalecer a resiliência urbana. 

O debate contará com a participação do chefe da Assessoria Internacional do Ministério das Cidades, embaixador Antônio da Costa e Silva, do coordenador-residente do Sistema das Nações Unidas no Caribe Oriental, Simon Edward Springett, coordenadora regional para as Américas e o Caribe da iniciativa Cidades Resilientes 2030 (MCR2030) do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR), Adriana Campelo, e do gerente de projetos de Infraestrutura Verde-Cinza da Conservação Internacional Brasil, Renan Alves. A moderação será conduzida pelo professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Coordenador executivo do Veleiro de Expedições Oceanográficas da UFSC e Rede Clima, Paulo Horta. 

De acordo com dados do Escritório para Redução do Risco de Desastres das Nações Unidas (UNDRR), parceiro na organização do evento, um centímetro de aumento no nível do mar pode resultar na perda de até dez metros de faixa costeira, com efeitos em cascata que se estendem por mais de 100 quilômetros a partir do litoral. Esses impactos incluem a destruição de moradias e infraestruturas, afetando diretamente a saúde, a segurança e o bem-estar das populações. 

O evento dá continuidade ao seminário Resiliência Climática e Redução de Riscos de Desastres em Cidades Costeiras, realizado em Brasília em outubro pelo Ministério das Cidades em parceria com o UNDRR. O encontro reuniu especialistas e gestores públicos para ampliar o conhecimento sobre as causas da elevação do nível do mar e orientar políticas de adaptação nos municípios. 

Na ocasião, o ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que a agenda brasileira para a COP30 prioriza estratégias de adaptação e resiliência nas regiões costeiras. “Precisamos cuidar do meio ambiente para evitar o aumento da temperatura dos oceanos e a elevação do nível do mar, mas também garantir que nossas cidades estejam preparadas para se adaptar. Esse é um tema central que levaremos à COP30”, afirmou o ministro. 

Seguindo a mesma linha, o embaixador Antônio da Costa e Silva reforçou a importância de integrar o planejamento urbano, a infraestrutura verde e azul e a adaptação climática para enfrentar os desafios das cidades costeiras. “O Mutirão Global da COP30 é uma oportunidade de fortalecer políticas e dar visibilidade a soluções inovadoras que conectam resiliência climática e desenvolvimento urbano sustentável”, afirmou. 

A discussão em Belém reforça a liderança do Brasil na promoção de uma abordagem multinível para a resiliência climática. No dia 14, ainda na programação da COP 30, o Ministério das Cidades promove mais um evento com o objetivo de dar maior visibilidade ao tema da elevação do nível do mar e seu impacto nos territórios urbanos. 

Serviço 

Data: 12 de novembro 
Hora: 17h às 18h 
Local: Casa Voz dos Oceanos (Centro Cultural Casa das Onze Janelas), Belém (PA) 

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Fonte: Ministério das Cidades