Em Guarulhos, Vigiagro intercepta ácaro quarentenário em carga de cerejas chilenas

O Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, identificou a presença de uma praga quarentenária em uma carga de cerejas frescas importadas do Chile. O laudo das análises laboratoriais, divulgado nesta segunda-feira (10), confirmou a ocorrência da praga Brevipalpus chilensis, conhecida como falso ácaro vermelho chileno.

A equipe do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) detectou o ácaro durante uma ação de rotina realizada no dia 6. Amostras das frutas foram coletadas para análise detalhada na sala de inspeção. Após suspeita inicial, os ácaros foram enviados ao laboratório da rede oficial do Mapa para identificação da espécie.

A carga continha 1.120 quilos de cerejas frescas. Nos próximos dias, as cerejas serão fumigadas no aeroporto, como medida preventiva para reduzir o risco de introdução e disseminação de pragas, e, em seguida, serão destruídas. O procedimento segue a legislação vigente e tem como objetivo proteger a produção nacional agrícola de pragas ausentes que podem causar danos econômicos.

O Brevipalpus chilensis é encontrado somente no Chile e na Argentina (Província de Rio Negro, ao norte da Patagônia). O ácaro ataca cerca de 40 plantas hospedeiras, incluindo frutíferas, ornamentais e florestais. Os principais hospedeiros são a uva, limão, laranja, kiwi e a cherimoia (fruta originária dos Andes, da família da fruta-do-conde), mas também pode ocorrer em figo e caqui.

De acordo com o Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa e a Embrapa, a cultura da uva possui duas pragas quarentenárias ausentes consideradas prioritárias para o Brasil, por representarem elevado risco fitossanitário. Uma delas é o falso ácaro vermelho chileno; a outra, a traça-da-uva (Lobesia botrana), também conhecida como traça-europeia-dos-cachos-da-videira.

No Chile, o Brevipalpus chilensis é responsável por perdas de até 30% nos parreirais, com maior incidência durante os meses mais quentes do ano.

Informação à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária