Governo apresenta a Agenda Positiva do Agronegócio, com práticas sustentáveis e inovação

O Ministério da Agricultura (Mapa) oficializou a chamada Agenda Positiva do Agro 2025, um documento que organiza exemplos de produção sustentável para orientar políticas públicas e melhorar a imagem do setor. O material funciona como uma espécie de “mostruário” do que o agro já faz de positivo: ações de baixa emissão de carbono, recuperação de áreas degradadas, tecnologias que aproximam produção e conservação e iniciativas que ajudam a abrir mercados exigentes no exterior. A ideia é mostrar, com dados e exemplos concretos, que o campo pode crescer sem depender de desmatamento de novas áreas.​

A Agenda Positiva do Agro 2025 é um documento técnico‑político que organiza experiências bem‑sucedidas do setor produtivo, de empresas, instituições de pesquisa e governos em temas como sustentabilidade, rastreabilidade e inovação. Em vez de apresentar promessas genéricas, o texto destaca iniciativas que já estão em funcionamento e que podem ser replicadas em outras regiões do país.​

Entre os eixos centrais estão: produção de baixa emissão de carbono, aumento de produtividade com preservação ambiental, rastreabilidade socioambiental, abertura de novos mercados e adoção de tecnologias digitais na agricultura e na pecuária. Isso inclui, por exemplo, práticas de manejo que reduzem emissões, uso de bioinsumos, monitoramento por satélite e ferramentas que conectam o produtor às exigências de compradores no Brasil e no exterior.​

A publicação traz dez experiências de grande impacto, com casos em fruticultura, pecuária, cafeicultura, etanol de milho, cana‑de‑açúcar, bioeconomia na Amazônia, mapeamento florestal inteligente e manejo digital de florestas. Esses exemplos mostram propriedades e projetos que conseguiram ampliar a eficiência produtiva, reduzir emissões de gases de efeito estufa e se adaptar melhor a eventos climáticos extremos.​

Também aparecem iniciativas ligadas à recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura‑pecuária‑floresta e uso de sistemas de informação para rastrear a origem da produção e comprovar que ela não está associada a desmatamento ilegal. Com isso, a agenda busca responder às exigências de mercados que pedem produtos rastreáveis e com comprovação de boas práticas ambientais e trabalhistas.​

Na prática, a Agenda Positiva do Agro ajuda a orientar a formulação de políticas públicas, linhas de crédito e programas de apoio técnico baseados em critérios de sustentabilidade. Quando o governo organiza essas experiências em um único documento, fica mais fácil direcionar recursos para quem investe em recuperação de áreas degradadas, plantio direto, ILPF, bioinsumos e rastreabilidade.​

Para o produtor, alinhar a propriedade a essas práticas tende a abrir mais portas para financiamento, melhorar o acesso a programas oficiais e facilitar a negociação com compradores que pagam prêmios por produtos com selo de sustentabilidade. Ao mesmo tempo, a agenda é usada para melhorar a imagem do agro perante a sociedade urbana e o mercado internacional, reforçando o papel do campo brasileiro como parte da solução em clima e segurança alimentar, e não como vilão.

Fonte: Pensar Agro