O Ministério da Educação (MEC) participou, nesta quinta-feira, 13 de novembro, da Mesa Ministerial de Alto Nível sobre Educação Verde, realizada durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, no Pará. O encontro reuniu representantes de países e organizações internacionais para discutir o papel da educação no enfrentamento dos efeitos das mudanças climáticas e fortalecer compromissos globais com uma educação sustentável. Representando o ministro da Educação, Camilo Santana, o secretário-executivo adjunto do MEC, Rodolfo de Carvalho Cabral, participou da discussão.
A mesa de alto nível foi organizada sob a coordenação do MEC e da Greening Education Partnership (GEP), iniciativa liderada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que busca apoiar os países no enfrentamento da crise climática, com o apoio fundamental da educação. O encontro destacou experiências e boas práticas de diferentes países, com foco na capacitação de professores, no fortalecimento de currículos verdes e na criação de sistemas educacionais preparados para a mudança do clima, e ressaltou a importância de alinhar as avaliações a esses objetivos de aprendizagem.
A iniciativa integra o Eixo Temático 5 da Agenda de Ação da COP30 — Promoção do Desenvolvimento Humano e Social — e reforça o compromisso do Brasil com uma educação transformadora, capaz de preparar as novas gerações para agir frente à crise climática e participar da construção de um planeta mais sustentável.
Durante a reunião, Cabral ressaltou a importância de integrar a pauta ambiental às políticas educacionais, ressaltando o papel transformador da educação: “O Brasil entende que não há justiça climática sem justiça educacional. É pela formação de cidadãos críticos, conscientes e engajados que poderemos consolidar uma transição justa, capaz de gerar prosperidade e preservar a vida em todas as suas formas”.
Destacou, ainda, o Plano de Aceleração de Soluções (PAS), liderado pelo MEC na Agenda de Ação da COP30, discutido em reunião realizada na manhã desta quinta-feira (13) com parceiros internacionais. A iniciativa cria uma rede voltada à promoção de políticas educacionais e de juventudes para sustentabilidade e resiliência climáticas. “São os países em desenvolvimento, os países do nosso Sul Global, unindo forças, vozes e saberes para escalar soluções baseadas na natureza e no conhecimento local”.
Ao final da programação, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) promoveu um debate sobre cooperação educacional e apresentou o rascunho do novo marco do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), voltado à alfabetização climática. O documento define conhecimentos, habilidades e atitudes essenciais para que estudantes possam contribuir ativamente com as metas globais de sustentabilidade.
Guias Internacionais – Durante o evento, o Brasil apresentou suas ações como referência internacional no tema e lançou as versões em português dos documentos da Unesco Guia para Currículos Verdes e Padrões de Qualidade das Escolas Verdes. As publicações orientam governos e redes de ensino na implementação de práticas pedagógicas voltadas à sustentabilidade, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes. “Ao combinarmos currículo verde estruturado e ambiente escolar transformado, construiremos uma educação que prepara os estudantes não apenas para compreender o mundo, mas para preservá-lo”, ressaltou o secretário-executivo adjunto do MEC.
Agenda – Nesta quinta-feira (13), além da reunião de alto nível, o ministério promoveu a roda de conversa Infâncias e Juventudes para a Educação Climática, que destacou o papel das novas gerações na construção de soluções para os desafios ambientais. Participaram estudantes da Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNJIMA), do Parlamento Juvenil do Mercosul (PJM) e embaixadores do meio ambiente.
Ao longo do dia, o MEC também promoveu painéis nos Pavilhões Brasil: na Zona Verde, sobre o papel das universidades amazônicas na transição climática justa; e, na Zona Azul, sobre a formação profissional voltada à descarbonização da matriz energética. As atividades se encerraram com a Vitrine de Educação Profissional e Tecnológica na COP30, que apresentou experiências inovadoras da Rede Federal de Educação.
No primeiro dia (12), o MEC iniciou sua atuação no estande da Associação de Universidades Amazônicas (Unamaz), na Zona Verde, com uma programação dedicada à educação ambiental, à alimentação escolar e à sustentabilidade na educação profissional. Entre os destaques estiveram a discussão sobre a Política Nacional de Educação Ambiental Escolar (Pneae), um painel sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o lançamento de um livro bilíngue sobre sustentabilidade na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
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Também ocorreram debates sobre o protagonismo feminino na transição energética justa e sobre a atuação do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) na promoção da bioeconomia na Amazônia Legal. O ministro da Educação, Camilo Santana, também participou da mesa de abertura do evento do Instituto Alana, intitulado Dia da Educação na COP30.
Encerrando sua participação, no dia 17, o MEC estará presente no painel O Necessário Protagonismo da Juventude e dos Povos Tradicionais na Agenda Climática, realizado no Pavilhão Brasil. O debate reforçará a importância da valorização dos saberes tradicionais — indígenas, quilombolas, ribeirinhos e populações do campo — e da juventude como agentes centrais na construção de soluções sustentáveis, inclusivas e socialmente justas.
MEC na COP30 – Em novembro de 2025, o Brasil sedia a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Belém, no coração da Amazônia. Na conferência, o MEC participa ativamente da Agenda de Ação da COP30, que reúne 30 objetivos-chave voltados à transformação de compromissos em resultados concretos. A pasta atua no 18º objetivo, que contempla o tema “Educação, capacitação e geração de empregos para enfrentar a mudança do clima”.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Assessoria de Assuntos Internacionais (AI)
Fonte: Ministério da Educação


