Equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) iniciaram nessa segunda-feira (1º), a recomposição do pavimento de um trecho de 1,240 km da pista bairro/centro da Avenida Ernesto Geisel interditado há 6 meses para implantação de um emissário. É a tubulação por onde passa, até a estação de tratamento, boa parte do esgoto coletado em Campo Grande.
A área de intervenção abrangerá 1.900 metros quadrados, entre as ruas do Touro, perto do Guanandizão, Bonsucesso e Ceres. Serão dois dias de serviço com o uso de 200 toneladas de capa asfáltica.
Para instalação de mais de 1.240 metros do emissário, foi preciso abrir valetas de 3,8 metros de profundidade, onde foram colocadas tubulação de 90 centímetros de diâmetro. São canos feitos com material mais resistente, PRFV (Poliéster Reforçado com Fibra de Vídro), que só é fabricado com prévia encomenda. Nos próximos dias, a empreiteira retomará o trabalho dentro do rio com a construção da parede de gabião.
As obras no Rio Anhanduí são para estabilizar as margens do rio (com muro de gabião e placas de concreto). Sem as paredes de gabião ou de concreto, quando chove muito na cabeceira dos córregos afluentes (Prosa e Segredo), a correnteza aumenta. A água, ao bater no barranco diretamente, derruba o aterro e provoca erosão, colocando em risco as pistas. Está planejada a construção de mais bocas de lobo nas pistas marginais para aumentar a capacidade de captação da enxurrada.
Também está programada uma ciclovia (na margem direita até a ponte de travessia na Rua Abolição e na esquerda daí até a ponte na Rua do Aquário), urbanização e recapeamento das duas pistas da Avenida
O que já foi feito
Até agora, 60% do projeto já foi executado. O canal já está pronto nas duas margens do lote 1, que tem 410 metros (entre as ruas Santa Adélia e Abolição). As pistas marginais foram recapeadas, ainda falta fazer a ciclovia, implantar o guard rail, além da urbanização. Um trecho antigo do canal de 20 metros
Para reforçar a estrutura do canal, o projeto prevê nos trechos com paredes de concreto a “ancoragem” das placas. A técnica consiste na abertura de uma perfuração de 11 metros no subsolo, onde se coloca um cabo de aço e nele se injeta concreto armado, fazendo o grampeamento da estrutura.
A parte do canal em gabião é revestido com uma manta geotêxtil. Este material, feito com poliéster, é colocado atrás das paredes de gabião, reforçando ainda mais a proteção das margens do aparecimento de novos processos erosivos.