Professora de MS ganha prêmio nacional que reconhece mulheres cientistas

Foto: Arquivo Pessoal.

A premiação chegou à 20ª edição e reconheceu oito pesquisadoras de diferentes áreas.

A professora Luana Rossato, da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), recebeu o Prêmio Para Mulheres na Ciência ao vencer a categoria Ciências da Vida com um estudo sobre a resistência de fungos no Pantanal. A premiação chegou à 20ª edição e reconheceu oito pesquisadoras de diferentes áreas. A iniciativa ocorre por meio do Grupo L’Oréal, da UNESCO e da Academia Brasileira de Ciências e compõe um programa global que contempla mais de 350 jovens cientistas por ano em 110 países.

O prêmio concedeu bolsas-auxílio de R$ 50 mil para pesquisadoras de Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas, Matemática e também da nova categoria de Ciências da Engenharia e Tecnologia. Na categoria de Luana, outras vencedoras foram Jaqueline Sachett, Juliana Hipólito, Sonaira Silva e a própria pesquisadora de Mato Grosso do Sul (MS). As demais cientistas reconhecidas foram Paula Maçaira em Ciências da Engenharia e Tecnologia, Renata Guerra em Ciências Matemáticas, Thaís Azevedo em Ciências Físicas e Vanessa Nascimento em Ciências Químicas.

O trabalho de Luana investiga como agrotóxicos e queimadas no Pantanal podem favorecer o surgimento de fungos mais resistentes e com maior potencial de causar doenças. O estudo envolve a coleta de solo, água e vegetação em áreas afetadas por incêndios florestais e defensivos agrícolas. A pesquisadora analisa o material genético dos fungos para identificar genes ligados à virulência e à resistência a medicamentos.

A professora afirma que o projeto pode fortalecer ações de vigilância sanitária no Pantanal e orientar estratégias de alerta para populações rurais, ribeirinhas e indígenas. Ela diz que compreender os microrganismos contribui para a preservação de ecossistemas e para a proteção da saúde humana. Ela destaca que a pesquisa reforça a integração entre ambiente, animais e pessoas.

Luana relata que o interesse pela ciência surgiu ainda na infância, quando criava “experimentos” com perfumes. Ela aponta que a iniciação científica marcou sua trajetória no início da graduação. Ela afirma que a mudança de Santa Maria (RS) para cursar o doutorado na USP (Universidade de São Paulo) foi decisiva para sua formação.

Professora de MS ganha prêmio nacional que reconhece mulheres cientistas
Da esquerda para a direita, Luana Rosseto, professora de MS, é a terceira premiada no “Para Mulheres na Ciência”. (Foto: Divulgação)

A professora afirma que o prêmio fortalece o grupo que coordena e amplia as possibilidades de cooperação com outras instituições. Ela diz que a vitória mostra que Mato Grosso do Sul produz ciência de qualidade fora dos grandes centros. Ela ressalta que deseja inspirar jovens pesquisadoras que buscam construir carreira na ciência.

A pesquisadora conta que mantém ligação afetiva com o prêmio devido à conquista de uma prima reconhecida em 2008. Ela diz que a família viveu aquele momento como marco para a primeira geração com acesso ao ensino superior. Ela relata que receber a notícia da própria premiação trouxe emoção, surpresa e sentimento de gratidão.

Fonte Campograndenews