A manhã desta quarta-feira (12) foi marcada por reencontros, ciência e boas notícias. No coração verde do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém (PA), a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu o prefeito do Recife, João Campos, na Casa da Ciência — espaço que abriga as atividades do MCTI durante a COP30 e que se tornou um ponto de convergência entre conhecimento, cultura e sustentabilidade.
A visita marcou o anúncio da instalação de um radar meteorológico de Banda S no Recife, resultado de um protocolo de intenções entre o MCTI e a prefeitura. O equipamento, com investimento superior a R$ 30 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), via Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), vai ampliar a precisão das previsões e fortalecer o monitoramento das chuvas na região metropolitana, onde vivem mais de quatro milhões de pessoas.
“Estamos ampliando o número de pluviômetros em Pernambuco e instalando um radar de alta resolução, que vai reforçar a capacidade de previsão e antecipação de fenômenos extremos. Quanto mais dados, mais próximos da realidade nós chegamos”, explicou a ministra Luciana Santos.
Ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos lembrou a importância das ações de prevenção para reduzir os impactos das chuvas em áreas vulneráveis. “Sei o que representa o período chuvoso para quem vive nas encostas e nos alagados. A parceria com o Recife fortalece o enfrentamento às mudanças climáticas e amplia a proteção da população”, destacou.
O prefeito João Campos também enfatizou o impacto do investimento para a capital pernambucana. “O novo radar é um marco. Com ele, teremos mais precisão e capacidade de antecipar os momentos críticos do período chuvoso. É um investimento que o Recife dificilmente conseguiria fazer sozinho, e que só se torna possível por meio dessa parceria com o governo federal”, afirmou.
A previsão é que a instalação do equipamento comece no próximo ano, consolidando Recife como uma das cidades brasileiras mais preparadas para lidar com eventos climáticos extremos.
A nova morada do MCTI durante a COP30
Criada para aproximar o conhecimento científico da sociedade, a Casa da Ciência do MCTI funciona dentro do Museu Goeldi e abriga exposições, rodas de conversa, oficinas e debates sobre soluções climáticas e sustentabilidade. Durante a COP30, o espaço será também a sede simbólica do ministério, conforme portaria assinada pela ministra Luciana Santos no início da semana.
A transferência simbólica da sede do MCTI para o Museu Goeldi, formalizada pela Portaria nº 792/2025, reforça o papel estratégico da Amazônia como centro dos debates científicos durante a COP30. A mudança expressa o compromisso do governo em colocar a ciência no centro das decisões sobre o clima, a biodiversidade e o desenvolvimento sustentável.


