Dia Mundial de Luta Contra a Aids é uma data importante para compreendermos melhor o que é a aids, como ela é transmitida e como podemos barrar essa infecção.
“Aids é uma doença, até o momento, sem cura, causada por um vírus que afeta o sistema imunológico: o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Essa doença teve seus primeiros registros no início da década de 1980, sendo que, no Brasil, o primeiro registro oficial foi feito em 1982.”
“Apesar de conhecermos a doença por mais de 43 anos, novos casos ainda surgem, muitas pessoas morrem em decorrência de complicações dela, e as pessoas que são diagnosticadas com aids ainda enfrentam preconceito e discriminação. Sendo assim, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids é um momento para falarmos sobre prevenção, tratamento e amor ao próximo.”
“Dia Mundial de Luta Contra a Aids
Na década de 1980, o diagnóstico positivo de HIV era motivo para pânico e uma garantia de morte rápida. Além disso, o preconceito e a discriminação contra os soropositivos eram muito maiores que nos dias atuais. Várias pessoas com o vírus viram suas famílias sendo desfeitas, seus empregos ameaçados e seus amigos simplesmente sumirem.
Em 1987, cerca de 200 mil pessoas protestaram durante a Conferência Internacional de Aids em Washington, e um grande mosaico de colchas foi feito para homenagear as vítimas dessa doença. Essa movimentação foi essencial para a criação do Dia Mundial de Luta Contra a Aids.
A data, comemorada todo ano, no dia 1º de dezembro, foi estabelecida, pela Assembleia Geral da ONU e pela Organização Mundial de Saúde, como uma forma de conscientizar a população sobre a doença, e é comemorada desde 1988.
Apesar de hoje a grande maioria da população conhecer as formas de transmissão da doença e entender que não existem grupos de risco, muito preconceito envolve os portadores de HIV. Sendo assim a data ainda funciona como uma forma de diminuir a discriminação e de quebrar muitas concepções erradas sobre a doença.”

“O que é a Aids?
A síndrome da imunodeficiência adquirida (aids) é uma doença provocada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Esse vírus ataca o sistema imunológico do doente, sendo as células mais atingidas os linfócitos T CD4+, provocando uma alteração no mecanismo de defesa do corpo, ocasionando o surgimento frequente de doenças.
A aids pode ser transmitida pela relação sexual desprotegida; pelo contato com sangue contaminado, devido à transfusão ou ao compartilhamento de seringas, por exemplo; e da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou aleitamento.”
“Percebe-se, portanto, que um abraço, um beijo ou um carinho não são responsáveis por transmitir o vírus. Sendo assim, não há motivos para evitar-se contato com os soropositivos. Além disso, é importante frisar que o HIV não escolhe suas vítimas pelo sexo, orientação sexual ou idade.
Apesar de não haver cura para a aids e infecção pelo HIV, é fundamental que, após a confirmação do diagnóstico, o paciente inicie o tratamento. Esse tratamento baseia-se no uso de medicamentos antirretrovirais. Eles não garantem o fim da doença, porém são capazes de garantir uma melhor qualidade de vida e diminuir a carga viral, deixando-a em níveis muito baixos.
Alguns pacientes conseguem até mesmo atingir a carga viral indetectável, uma condição em que os níveis dos vírus são baixos ao ponto de não serem detectados por testes laboratoriais padrões. De acordo com o Ministério da Saúde, nessas condições, o paciente com HIV não transmite a doença por via sexual.”

Dados sobre aids no mundo:
Os dados mais recentes sobre AIDS em 2025 indicam que mais de 40,8 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo, com 1,3 milhão de novas infecções em 2024, e um terço dessas pessoas ainda não tem acesso ao tratamento. Embora progressos significativos tenham sido feitos globalmente até o fim de 2024, com queda de 40% nas novas infecções e 56% nas mortes relacionadas à AIDS em comparação com 2010, a situação atual é de crise, com cortes de financiamento ameaçando reverter avanços. No Brasil, por exemplo, houve uma queda de casos registrados no Paraná em 2025, mas um relatório de 2024 apontou um aumento nos casos de HIV e AIDS em relação ao ano anterior.
Ter HIV e ter aids é a mesma coisa?
Nem sempre uma pessoa portadora do HIV está com aids. Dizemos que o paciente está com a doença apenas quando se encontra em estágio avançado da infecção pelo vírus. Como sabemos, o HIV é responsável por atacar o sistema imune, deixando a pessoa muito vulnerável a doenças. Em estágios avançados da infecção, portanto, a pessoa enfrenta uma maior frequência de infecções oportunistas, que podem também se complicar mais facilmente do que em uma pessoa sem a doença.
Vale destacar que soropositivos podem viver vários anos sem desenvolver o problema, tendo uma vida praticamente normal. Isso não significa, no entanto, que essas pessoas não possam transmitir a doença. Apesar das manifestações não ocorrerem, o vírus está presente no corpo do paciente, sendo fundamental, portanto, que comportamentos de risco sejam evitados a fim de impedir a sua transmissão para outras pessoas.
O tema da campanha da luta contra a AIDS em 2025 é “Eliminar as barreiras, transformar a resposta à AIDS”. O objetivo é destacar a necessidade de uma abordagem centrada nos direitos humanos para acabar com a doença e alcançar as metas globais de erradicação até 2030, em um cenário de corte de financiamento e crise

“No dia 1º de dezembro, é importante que todos realizem uma reflexão sobre solidariedade, amor ao próximo e compaixão. É importante que cada um reveja sua postura em relação aos soropositivos e também utilize esse momento para informar-se sobre a doença e como ela deve ser evitada. O preconceito e a falta de informação são os principais problemas enfrentados na luta contra a Aids.”

Fonte: Brasil Escola Uol


