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sábado, 20 de abril, 2024
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A Pfizer completou a entrega da maior remessa de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil

A farmacêutica Pfizer completou na noite deste domingo (12) a entrega da maior remessa de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil, em único dia, desde o início dos envios em abril. Foram quatro voos que pousaram no Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e totalizaram 5,1 milhões de doses.

A previsão inicial era de três lotes. Contudo, o lote previsto para sábado (11), com 1.392.300 vacinas, foi remanejado e chegou ao terminal da metrópole às 3h02 deste domingo. Os outros três aviões desembarcam ao longo do dia no terminal. Veja os outros horários:

  • 70º Lote: 1.134.900 doses (previsto para 7h30, pousou às 8h05)
  • 71º Lote: 1.521.000 doses (previsto para 14h55, pousou às 11h15)
  • 72º Lote: 1.133.730 doses (previsto para 16h15, pousou às 18h01)

Cronograma cumprido e total

As entregas fazem parte do cronograma da empresa divulgado em 8 de setembro, que estabelecia o envio de 8,9 milhões de doses da vacina ao país até este domingo. As outras remessas foram registradas quarta (8), quinta (9) e sexta (10), também após reprogramação da empresa americana.

Com a remessa deste domingo, a Pfizer contabiliza 72,5 milhões de doses entregues ao Brasil, em 71 lotes. O grupo faz parte dos 100 milhões de imunizantes previstos no primeiro contrato com a Pfizer, assinado em 19 de março de 2021. A companhia deve concluir a entrega até o final de setembro.

Há um segundo contrato entre Pfizer e governo federal, assinado em 14 de maio, que prevê a entrega de outras 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. A empresa diz que vai cumprir o cronograma de entrega total até o final de 2021.

A Pfizer completou a entrega da maior remessa de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil
Mais 1 milhão de vacinas da Pfizer contra Covid-19 desembarcam em Viracopos — Foto: UPS/ALF TV VCP

Entregas

A Pfizer utilizou o Aeroporto de Viracopos para todas as entregas ao Brasil até agora. A primeira remessa teve 1 milhão de doses e foi recebida pelo país em 29 de abril, em cerimônia que contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Segundo a Pfizer, as doses enviadas ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos Estados Unidos, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, Purrs na Bélgica.

“As vacinas são despachadas de avião até o Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, para então seguir viagem rumo ao Brasil. Os imunizantes são descarregados do avião entre 30 minutos e 1 hora, dependendo da quantidade, e enviados para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos”, informa a Pfizer, em nota.

Armazenamento

No fim de maio, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou novas condições de conservação e armazenamento para a vacina da Pfizer/Biontech, que agora pode ser mantida em temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC por até 31 dias. A orientação anterior era de cinco dias.

Antes da liberação dos frascos para a vacinação, as doses da Pfizer precisavam ser armazenadas em caixas com temperaturas entre -25°C e -15°C por, no máximo, 14 dias. Tais condições não permitiam que a vacina fosse enviada para municípios distantes mais que 2h30 da capital do estado.

A Pfizer completou a entrega da maior remessa de vacinas contra a Covid-19 ao Brasil
Vacina contra Covid-19 da Pfizer — Foto: Thiago Philip / TV Globo

Histórico

A vacina da Pfizer/BioNTech foi alvo de recusa e polêmicas dentro do governo federal. Ainda no ano passado, três ofertas formais para venda de 70 milhões de doses foram feitas pela empresa e ficaram sem resposta do Ministério da Saúde.

Também em dezembro, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, descartou a compra da vacina por causa da exigência de armazenamento em baixas temperaturas.

A vacina foi a primeira a obter registro sanitário definitivo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em fevereiro deste ano.

O imunizante pode ser aplicado em pessoas a partir de 12 anos de idade, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas. A vacina é a única que pode ser aplicadas em menores de 18 anos no Brasil.

Inicialmente a autorização da Anvisa permitia o uso a partir de 16 anos. Mas o órgão autorizou a mudança na bula da vacina no país. Entretanto, ainda não há perspectivas de vacinação dessa faixa etária no Brasil.

A ampliação da idade em adolescentes foi aprovada depois de a Pfizer apresentar estudos que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela agência.

Fonte: G1