A Força-Tarefa Previdenciária deflagrou, nesta quinta-feira (4), a 2ª Fase da Operação Big Data, em Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS). Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados. Além disso, a Justiça Federal também autorizou medidas cautelares de quebra de sigilo telemático dos dispositivos apreendidos.
A primeira fase da operação Big Data ocorreu no último dia 3 de julho. O objetivo desta etapa centrou-se na apreensão de documentos, aparelhos eletrônicos e mídias, materiais relevantes para a investigação que apura a atuação de uma organização suspeita de acessar e divulgar dados sigilosos de segurados da Previdência Social.
De acordo com as investigações, o grupo teria como modus operandi a obtenção não autorizada de informações de processos de benefícios, que posteriormente eram utilizadas para contatar os segurados por meio de aplicativos de mensagens, oferecendo serviços advocatícios ou administrativos.
A suspeita é de que empresas estariam vinculadas a escritórios de advocacia, beneficiando-se comercialmente do acesso irregular a dados restritos. As investigações indicam ainda que os dados teriam sido coletados, organizados e disponibilizados com alto grau de segmentação, o que sugere a atuação de uma organização criminosa.
Não foram identificados benefícios concedidos irregularmente, ou, até o momento, o envolvimento de servidores públicos.
Há 25 anos, a Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social e pela Polícia Federal, que atuam em conjunto no combate eficaz a crimes estruturados contra o sistema previdenciário. No Ministério da Previdência Social, cabe à Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social detectar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.