
Deputado é investigado pela Polícia Federal por forjar atentado contra si em fevereiro de 2021.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, negou pela terceira vez, o pedido do deputado federal Loester Trutis (PSL), para trancar o inquérito da Polícia Federal, que investiga se o parlamentar forjou o próprio atentado em fevereiro, quando alegou ser vítima de disparos em um carro alugado por ele.
Dias Toffoli, indeferiu o terceiro pedido de Trutis que estava tramitando no STF. De acordo com o despacho, não cabe habeas corpus para trancar inquérito aberto por decisão monocrática de ministro.
Segundo a decisão, o magistrado negou o pedido do deputado federal para submeter a análise ao tribunal pleno ou à turma.
“Ante o exposto, nos termos do art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao presente habeas corpus, ficando, por consequência, prejudicado o pedido de liminar”, pontuou o ministro.
Além de Trutis, também é paciente do mesmo pedido de Habeas Corpus, o empresário Ciro Fidélis, candidato derrotado nas últimas eleições para vereador.
O primeiro revés aconteceu quando o deputado tentou usar o plantão do STF para trancar inquérito. Na segunda oportunidade, Dias Toffoli impediu que Trutis parasse a investigação da Polícia Federal.
SUPOSTO ATENTADO
Em janeiro, dois pedidos de habeas corpus foram negados, o incidente que Trutis divulgou e notificou a Polícia Federal como se tivesse sido um atentado, ocorreu em 16 de fevereiro de 2020.
O deputado federal sul-mato-grossense chegou a ficar detido na Polícia Federal, em operação que investigava o incidente, que a PF entendeu como uma “falsa comunicação de crime”, um dos crimes do código penal.
Por meio da investigação da PF, realizada por peritos que rastrearam o GPS do carro onde o deputado estava e câmeras espalhadas pela rodovia BR-060, foi obtido provas indicando que o atentado foi orquestrado pelo próprio, junto com Ciro Fidelis, que trabalhava em seu gabinete.
Em novembro, armas de uso restrito foram encontradas na casa de Trutis, durante a Operação Tracker. O deputado chegou a ser detido pela Polícia Federal, mas foi liberado da prisão por ser colecionador.
Trutis foi indiciado por falsa comunicação de crime, além de outros tipos criminais.
Fonte: Correio do Estado