Brasília, 11/02/2025 – Mato Grosso (MT) tornou-se, nesta terça-feira (11), a 13ª unidade federativa a aderir ao Escuta Susp, programa voltado à saúde mental dos profissionais de segurança pública. Além de oferecer atendimento psicológico remoto com especialistas de universidades federais, a iniciativa vai embasar a criação de um protocolo psicoterapêutico específico, que abrangerá o acolhimento para demandas pontuais, psicoterapia contínua e intervenções para prevenção do suicídio.
O projeto, lançado em maio de 2024, já atingiu cerca de 5,6 mil atendimentos psicológicos. “Um profissional com saúde mental equilibrada é mais eficiente e preparado para proteger a população”, destaca o secretário Nacional de Segurança Pública (Senasp), Mario Sarrubbo. Ele ressalta que os agentes do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) enfrentam uma rotina intensa nas ruas, nas matas e nas grandes cidades, e lidam com o crime organizado, e que, acima de tudo, são seres humanos, com família e amigos.
Além de Mato Grosso, o Escuta Susp já foi implementado no Acre (AC), em Alagoas (AL), na Bahia (BA), no Distrito Federal (DF), no Espírito Santo (ES), no Maranhão (MA), em Minas Gerais (MG), no Pará (PA), na Paraíba (PB), em Pernambuco (PE), no Rio Grande do Norte (RN) e em Sergipe (SE).
Processo terapêutico
O Escuta Susp é uma iniciativa da Senasp em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), referência em prevenção ao suicídio. O projeto oferece atendimento psicológico acessível a agentes de segurança pública das unidades federativas participantes. Para solicitar o serviço, basta acessar o site, preencher o cadastro e anexar a carteira funcional para comprovar vínculo institucional.
Após a inscrição, o servidor recebe, por e-mail, o link para agendamento, podendo escolher o terapeuta e o horário mais conveniente. As sessões ocorrem exclusivamente pela plataforma do projeto.
O atendimento inicial é conduzido por psicólogos bolsistas no último ano da graduação, com experiência clínica, aptos a acolher demandas pontuais e avaliar as necessidades do paciente. Se for necessário um acompanhamento mais aprofundado, o profissional é direcionado para a psicoterapia, realizada por psicólogos em nível de mestrado e doutorado.
Para casos mais graves, como risco de suicídio, o atendimento é feito por especialistas em saúde mental e prevenção ao suicídio, também em nível de mestrado ou doutorado. Cada situação é analisada individualmente, com a possibilidade de encaminhamento para acompanhamento presencial, se necessário.