O mercado de açúcar registrou variações mistas em seus contratos futuros nesta terça-feira (6), na ICE Futures de Nova York, com o mercado global sendo influenciado por diversos fatores, incluindo perspectivas mais otimistas para a produção brasileira e o contexto econômico internacional. Analistas destacam que, embora o açúcar tenha recebido algum suporte da recuperação do petróleo e da flexibilização do dólar, as preocupações com a desaceleração econômica global limitam os ganhos.
Perspectivas de produção no Brasil e fatores globais impactam os preços
Na ICE Futures de Nova York, os contratos de açúcar bruto fecharam em baixa nos primeiros lotes, que são os de maior liquidez. O contrato para julho de 2025 foi negociado a 17,44 centavos de dólar por libra-peso, apresentando uma desvalorização de 3 pontos em comparação com o dia anterior. Já os contratos para outubro de 2025 e março de 2026 registraram quedas de 4 e 3 pontos, respectivamente. Por outro lado, o contrato para maio de 2026 permaneceu estável, enquanto os demais contratos subiram entre 1 e 2 pontos.
Sinalizações de recuperação da produção brasileira
Os analistas destacam que a produção no Centro-Sul do Brasil, maior região produtora de açúcar do país, apresenta melhorias em relação ao ano passado, o que favorece a qualidade da cana-de-açúcar. A flexibilização do índice do dólar e a recuperação dos preços do petróleo também contribuíram para o apoio ao mercado de commodities, embora as expectativas de uma desaceleração econômica, especialmente devido às políticas tarifárias dos EUA, continuem pesando sobre o mercado global de açúcar.
“Certamente, as coisas estão melhores do que no ano passado (no Centro-Sul do Brasil), o que deve melhorar a qualidade da cana, especialmente após um início ruim”, afirmou o McDougall Global View Sugar Report, citado pela Reuters.
Mercado em Londres
Enquanto isso, na ICE Futures Europe, em Londres, os contratos de açúcar branco registraram valorização em todos os lotes nesta terça-feira. O contrato de agosto de 2025 foi negociado a US$ 493,80 por tonelada, uma alta de US$ 4,10 em relação à sessão anterior. O contrato para outubro de 2025 subiu US$ 5,10, fechando a US$ 484,40 por tonelada. Os demais contratos também apresentaram ganhos, variando entre US$ 3,20 e US$ 5,50.
Preço do açúcar no mercado interno
No mercado doméstico, as cotações do açúcar cristal mostraram leve alta, conforme medido pelo Indicador Cepea/Esalq da USP. A saca de 50 quilos foi negociada a R$ 142,07, representando uma valorização de 0,18% em comparação com os R$ 141,82 registrados no dia anterior.
Etanol hidratado registra queda pelo segundo dia consecutivo
Já o mercado de etanol hidratado registrou sua segunda queda consecutiva. O biocombustível foi negociado a R$ 2.822,50 por metro cúbico, uma desvalorização de 0,42% em relação ao preço praticado no dia anterior, que era de R$ 2.834,50.
Análise do cenário atual
Em resumo, o mercado de açúcar apresenta uma dinâmica influenciada tanto por fatores internos, como as perspectivas para a produção no Brasil, quanto por questões globais, como as tensões econômicas e as políticas internacionais. A recuperação do petróleo e a suavização do dólar fornecem algum suporte, mas as preocupações com a desaceleração econômica global continuam a limitar os avanços dos preços.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio