MS registra quase mil casos de violência contra médicos

Foto: PMCG

Na região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul ocupa o segundo lugar no ranking de violência contra esses profissionais, atrás apenas do Distrito Federal

Em Mato Grosso do Sul, 995 médicos sofreram algum tipo de violência no exercício da função. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo CFM (Conselho Federal de Medicina), que aponta que um médico no Brasil é vítima de situações como ameaça, lesão corporal, desacato e outras ocorrências semelhantes a cada três horas.

O levantamento do conselho foi realizado com base em boletins de ocorrência registrados nas delegacias de Polícia Civil. Desde 2013, já foram contabilizados 38 mil registros em todo o país. Somente no ano passado, o total chegou a 4.562 casos.

Na região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul ocupa o segundo lugar no ranking de violência contra esses profissionais, atrás apenas do Distrito Federal, que, em 2024, registrou 1.270 ocorrências. Os outros estados, como Mato Grosso e Goiás, somaram, respectivamente, 815 e 325.

Os estados mais violentos, conforme aponta a pesquisa, são São Paulo (18.406), Paraná (3.935), Minas Gerais (3.617) e Rio de Janeiro (1.589).

Em âmbito nacional, os autores dos atos violentos são, em grande parte, pacientes, familiares dos atendidos e desconhecidos. Há ainda casos isolados de ameaça, injúria e até lesão corporal cometidos por colegas de trabalho, incluindo enfermeiros, técnicos, servidores e outros profissionais da saúde.

Os casos de violência envolvem ameaça, injúria, desacato, lesão corporal, difamação, entre outros crimes, ocorridos dentro de unidades de saúde, hospitais, consultórios, clínicas, prontos-socorros, laboratórios e outros espaços semelhantes.

Em fevereiro deste ano, um médico de 27 anos foi agredido por um paciente na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Dourados, a 251 km da Capital. Aparentemente em surto, o homem de 32 anos desferiu tapas e chutes no profissional.

Fonte: Campograndenews