A Eletrobras repassou nesta sexta-feira (13/06) R$ 147,7 milhões para a execução das obras de ampliação do canal de navegação de Nova Avanhandava (PAC), no estado de São Paulo. Os recursos são referentes ao exercício de 2025 e garantirão a continuidade da intervenção na Hidrovia Tietê-Paraná, considerada estratégica para a convivência entre geração de energia e o escoamento da produção agrícola brasileira.
O repasse foi viabilizado por meio de um Termo de Compromisso firmado entre a Eletrobras e o Governo do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL), assegurando o restante dos recursos financeiros necessários para a obra.
Desde que se tornou uma empresa privada, a Eletrobras passou a cumprir compromissos assumidos em sua capitalização, entre eles o repasse anual de recursos para programas de desenvolvimento regional e revitalização ambiental, previstos em lei. A aplicação desses recursos, originados da outorga paga pela empresa à União, é definida pelo governo federal, sob a coordenação dos Ministérios de Minas e Energia e da Integração e Desenvolvimento Regional. Essa ação representa uma resposta social à capitalização da empresa, alinhando desenvolvimento regional e sustentabilidade.
“Esse repasse é mais uma entrega concreta dos compromissos assumidos com a capitalização da Eletrobras. Ele viabiliza uma obra estruturante para o país, fruto da parceria entre diferentes entes, como o Ministério da Integração, o DNIT, o Governo de São Paulo e a própria Eletrobras. É um esforço conjunto para melhorar a infraestrutura hídrica, fortalecer o desenvolvimento regional e gerar benefícios diretos à população. Trata-se da materialização de uma política pública que alia sustentabilidade, impacto social e cooperação federativa”, afirma o Diretor de Relações Institucionais da Eletrobras, Bruno Eustáquio de Carvalho.
As obras em andamento, conduzidas pelo governo do estado de São Paulo, preveem a retirada de 552 mil metros cúbicos de rochas – volume equivalente ao de 600 piscinas olímpicas. O processo de derrocamento do pedral, iniciado em maio de 2023, envolve a fragmentação de rochas por explosão e deve ser concluído no primeiro semestre de 2026.
O objetivo é aprofundar o canal em 3,5 metros, numa calha com 60 metros de largura e 16 quilômetros de extensão. A intervenção também permitirá maior flexibilidade na operação das Usinas Hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira, contribuindo tanto para a geração de energia quanto para a melhoria da navegação.
Com 2,4 mil quilômetros navegáveis, a Hidrovia Tietê-Paraná é um dos principais corredores logísticos do país. Ela conecta seis estados – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Goiás e São Paulo – e conta com 30 terminais intermodais para carga e descarga de produtos.
Fonte: Casa Civil