O mercado brasileiro de carne de frango registrou preços estáveis a ligeiramente mais baixos tanto no vivo quanto no atacado ao longo da semana. Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, a oferta está equilibrada em relação à demanda, mas não há espaço para reajustes significativos.
O especialista destaca que embargos da China e da União Europeia continuam limitando o fluxo de exportações, impactando a formação de preços no mercado interno. “A normalização das exportações é fundamental para reduzir a disponibilidade e criar um ambiente mais favorável para a formação de preços no interior do país”, afirmou Maia.
Além disso, os custos de nutrição evoluem de forma moderada, o que contribui para a manutenção das margens e traz certo otimismo ao setor.
Cotações de cortes congelados e resfriados
No mercado atacadista de São Paulo, os cortes de frango apresentaram pequenas variações:
- Congelados: peito em R$ 9,50/kg, coxa caiu de R$ 6,80 para R$ 6,70/kg, asa de R$ 10,00 para R$ 9,80/kg.
- Distribuição: peito em R$ 9,70/kg, coxa de R$ 6,80 para R$ 6,70/kg, asa de R$ 10,20 para R$ 10,00/kg.
Nos cortes resfriados, os preços no atacado permaneceram em R$ 9,60/kg para o peito, a coxa caiu de R$ 6,90 para R$ 6,80/kg e a asa de R$ 10,10 para R$ 9,90/kg. Na distribuição, o peito ficou em R$ 9,80/kg, a coxa recuou de R$ 7,10 para R$ 7,00/kg e a asa de R$ 10,30 para R$ 10,10/kg.
O levantamento semanal também apontou estabilidade no preço do quilo vivo nas principais praças:
- Minas Gerais: R$ 5,75
- São Paulo: R$ 5,60
- Integração catarinense: R$ 4,70
- Oeste do Paraná: R$ 4,80
- Rio Grande do Sul: R$ 4,75
- Mato Grosso do Sul: R$ 5,60
- Goiás: R$ 5,70
- Distrito Federal: R$ 5,75
- Pernambuco: R$ 5,80
- Ceará: R$ 6,00
- Pará: R$ 6,15
Exportações de frango registram queda no preço médio
As exportações brasileiras de carne de aves e miudezas alcançaram US$ 357,769 milhões em agosto (11 dias úteis), com média diária de US$ 32,524 milhões. O volume total exportado foi de 201,826 mil toneladas, média diária de 18,348 mil toneladas, e o preço médio da tonelada ficou em US$ 1.772,7.
Em comparação a agosto de 2024, os números indicam:
- Queda de 2,9% no valor médio diário
- Alta de 13,4% na quantidade média diária
- Redução de 14,4% no preço médio por tonelada
Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior, refletindo um cenário de competitividade limitada diante da oferta interna equilibrada e das restrições externas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio