Após operação, Festa do Ovo é adiada em Terenos

Foto: Arquivo/Campo Grande News

A Festa do Ovo começou a acontecer em 2008 e foi criada para homenagear a colônia japonesa e celebrar os costumes tradicionais.

Após a operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), realizada nesta terça-feira (9) em Terenos, a tradicional Festa do Ovo foi cancelada. O comunicado foi divulgado nas redes oficiais da prefeitura nesta quarta-feira (10). A Operação Spotless teve 59 alvos na cidade, incluindo o prefeito, o secretário de Administração e um vereador.

Segundo a nota da Prefeitura, a festa foi adiada. “A decisão foi tomada diante dos fatos amplamente divulgados pela imprensa nos últimos dias, que exigem da administração municipal prudência e responsabilidade”, afirma a nota.

O comunicado ainda ressalta a importância cultural, econômica e turística do evento para Terenos. “No momento adequado, a população e os parceiros serão informados sobre a nova programação”, conclui a nota.

Na manhã de terça-feira, a Prefeitura havia confirmado as atrações culturais da festa, prevista para os dias 19 e 20 deste mês, incluindo shows de Max Henrique, Bruninho e Davi, Loubet, Canto da Terra, Emerson Terra e Rick e Nando.

A Festa do Ovo começou a acontecer em 2008 e foi criada para homenagear a colônia japonesa e celebrar os costumes tradicionais. O evento também homenageava o município pela condição de maior produtor de ovos de Mato Grosso do Sul.

O evento, além de reunir comidas típicas da colônia japonesa e atrações musicais, também faz sucesso com o undokai, uma gincana que envolve crianças e adultos e inclui provas com ovos.

Operação – A Operação Spotless, que significa impecável, em português, apura pagamento de propina a servidores e fraudes em licitações da prefeitura, em contratos que somam R$ 15 milhões. As provas desta fase da investigação foram extraídas de celulares apreendidos na Operação Velatus, deflagrada em agosto de 2024.

De acordo com a investigação, a organização criminosa era liderada por um agente político que controlava núcleos de atuação dentro da administração municipal. O grupo se valia de servidores públicos corrompidos para direcionar editais e simular concorrência em processos licitatórios.

A operação teve 59 alvos de busca e apreensão e diversos servidores foram presos pelo Gaeco. O prefeito de Terenos, Henrique Wancura Budke, secretários municipais e empresários ligados ao ramo da construção civil foram presos porque, além dos mandados de busca, o Tribunal de Justiça expediu 16 mandados de prisão preventiva.

Além do prefeito, foram presos na cidade vizinha: servidor Valdecir Alves Batista; Sansão Inácio Rezende, dono da Construtora e Empreiteira Real; Genilton da Silveira Moreira, dono da Base Construtora e Logística, empresa de manutenção de redes de distribuição de energia elétrica; Nádia Mendonça Lopes, proprietária da Lopes Construtora e Empreiteira Ltda.; Hander Luiz Correa Grote Chaves, proprietário da HG Empreiteira & Negócios Ltda.; Fernando Seiji Alves Kurose, sócio da Construtora Kurose; empresário Eduardo Schoier, da Conect Construções; e Orlei Figueiredo Lopes, ex-proprietário da Cerealista Terenos.

Fonte: Campograndenews