MS registra 32 mortes de recém-nascidos por sepse no último ano

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A sepse é uma reação extrema do organismo a uma infecção, que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas.

No dia 13 de setembro é lembrado o Dia Mundial de Prevenção da Sepse, uma das principais causas de morte evitável em hospitais. Em Mato Grosso do Sul, dados preliminares da SES (Secretaria Estadual de Saúde) apontam que, em 2024, 32 recém-nascidos morreram em decorrência da doença, entre um total de 498 óbitos de bebês no Estado.

A sepse é uma reação extrema do organismo a uma infecção, que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. Quando não identificada rapidamente, provoca falência de órgãos e pode levar à morte em poucas horas. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento imediato são considerados fundamentais para salvar vidas.

Segundo a SOBRASP (Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente), os recém-nascidos e as crianças estão entre os mais vulneráveis à sepse. No Brasil, dados preliminares de 2024 do Ministério da Saúde mostram 7,7 mil atendimentos por sepse em recém-nascidos e 9,8 mil em crianças, com registro de 2,7 mil mortes infantis.

No cenário global, os números também preocupam. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que, em 2020, tenham ocorrido 48,9 milhões de casos e 11 milhões de mortes, o que corresponde a 20% de todos os óbitos no mundo. Quase metade desses casos foi em crianças com menos de cinco anos.

Alerta – Em recém-nascidos, os principais sintomas da sepse incluem instabilidade da temperatura corporal (febre ou hipotermia), apatia, irritabilidade, dificuldade para se alimentar, pele fria ou com manchas roxas e sinais de má circulação. Já em crianças, os sintomas mais comuns são febre alta, vômitos, diarreia persistente, respiração acelerada, tontura e confusão mental.

As formas de prevenção são: higienização frequente das mãos, vacinação de acordo com o calendário oficial, diagnóstico precoce de infecções, saneamento básico e acesso à água potável.

A infectologista Claudia Vidal, membro da SOBRASP, reforça que a doença pode ser contida com medidas simples: “O diagnóstico precoce e o manejo adequado são decisivos para reduzir a mortalidade. A identificação e o tratamento da sepse fazem parte das estratégias de segurança do paciente em todo o país.”

Fonte: Campograndenews