Conheça agenda da 2ª Cúpula da Coalizão para a Alimentação Escolar

Foto: Ângelo Miguel/MEC

Nos dias 18 e 19 de setembro de 2025, a capital do Ceará, Fortaleza, será sede da 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar. A reunião destacará como governos e parceiros estão investindo em programas de alimentação escolar como uma política que pode incentivar ações globais para promover a alimentação saudável e nutritiva. O encontro é realizado pelo Governo do Brasil, por meio do Ministério da Educação (MEC), em parceria com o Secretariado da Coalizão para a Alimentação Escolar, sediado pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU). 

Na quinta-feira (18), o evento terá sua abertura oficial com a participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do ministro da Educação, Camilo Santana. O dia será dedicado a apresentar os avanços dos compromissos firmados desde a primeira edição da cúpula, em 2023, além de lançar o relatório “Estado da Alimentação Escolar 2024”. O Governo do Brasil apresentará sua experiência com o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), um dos maiores do mundo e referência internacional.   

Também haverá um diálogo entre ministros e especialistas da rede de pesquisa da coalizão, com a participação da presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba, que destacará como evidências científicas têm sido traduzidas em políticas e programas mais eficazes. A programação inclui ainda uma reunião com ministros das finanças e instituições financeiras internacionais, dedicada a divulgar estratégias de financiamento sustentável e apresentar mecanismos financeiros inovadores e parcerias, entre elas a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. 

No segundo dia da cúpula, sexta-feira (19), os debates terão foco em soluções de longo prazo. As discussões abordarão alimentação escolar e sistemas alimentares sustentáveis, com estratégias para tornar a produção e o consumo de alimentos ambientalmente responsáveis. A ideia é que as soluções estejam em sintonia com a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro de 2025. 

O encontro analisará a alimentação escolar como rede estratégica de proteção social; o papel das cidades na inovação local; e a importância das parcerias entre governos, sociedade civil e organismos internacionais para ampliar o alcance da alimentação escolar. O evento será encerrado com uma chamada global à ação, reforçando o compromisso de garantir refeições saudáveis a 150 milhões de crianças em todo o mundo. 

A programação detalhada está disponível na página da iniciativa no portal do FNDE

Referência mundial – O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) integra a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza — iniciativa proposta pelo Brasil na presidência do G20 que tem como meta erradicar a fome no mundo até 2030 —, reforçando sua relevância como política pública estratégica em nível mundial. A escolha da capital cearense como sede da cúpula demonstra o protagonismo brasileiro e da região Nordeste no cenário internacional.  

Coordenado pelo Ministério da Educação (MEC), o Pnae é uma das maiores políticas do tipo do mundo. Atualmente, garante refeições diárias a quase 40 milhões de estudantes em 150 mil escolas, somando 50 milhões de refeições por dia, em um investimento anual de R$ 5,5 bilhões.   

O programa contribuiu para a saída do Brasil do Mapa da Fome, aliado a outras políticas públicas consistentes de combate à insegurança alimentar e promoção da cidadania. O Brasil também se destaca pela experiência em cooperação técnica internacional. Ao ingressar na coalizão, o país levou consigo o sucesso de sua política associada à Rede de Alimentação Escolar Sustentável (Raes), que atua na América Latina e no Caribe desde 2018, apoiando diversos países na consolidação de suas políticas de alimentação escolar, em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).  

Além disso, o Brasil já apoiou mais de 80 países, ao longo das últimas décadas, no fortalecimento de programas de alimentação escolar, por meio de iniciativas conduzidas pela Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE), em parceria com o PMA no Brasil e com a FAO.  

Coalizão – Em 2021, enquanto o mundo lidava com os efeitos da pandemia de covid-19, houve a mobilização de 46 governos e 44 parceiros, liderados pela Finlândia e pela França, que se reuniram durante a Cúpula dos Sistemas Alimentares para formar a Coalizão para a Alimentação Escolar. Uma alimentação escolar saudável pode apoiar de maneira eficaz objetivos relacionados à educação, segurança alimentar, nutrição, saúde, proteção social, igualdade de gênero, transformação dos sistemas agroalimentares e ações contra as mudanças climáticas. Além disso, promove a justiça social, o desenvolvimento do capital humano e a equidade entre as gerações. 

Primeira Cúpula – A primeira reunião global da Coalizão para a Alimentação Escolar ocorreu em Paris, na França, nos dias 18 e 19 de outubro de 2023, reunindo representantes de 90 países e 101 organizações parceiras. Durante a reunião, o Brasil, juntamente com a França e a Finlândia, assumiu a copresidência da coalizão. O encontro marcou o compromisso internacional de garantir que todas as crianças tenham acesso a refeições nutritivas nas escolas até 2030, promovendo cooperação entre países para compartilhar boas práticas e desenvolver ações sustentáveis. 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações do FNDE 

Fonte: Ministério da Educação