Especialistas em ciência, tecnologia e inovação propõem ampliar métricas que medem impactos sociais e ambientais

Especialistas debateram o papel dos indicadores de ciência, tecnologia e inovação na formulação de políticas públicas eficazes. Foto: Luara Baggi (ASCOM/MCTI)

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) promoveu nesta quarta-feira (17), em Brasília (DF), o seminário Inteligência Estratégica em CT&I: Usos e Perspectivas dos Indicadores para a Transformação das Políticas Públicas. O evento ocorreu em parceria com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).

Gestores, pesquisadores e especialistas debateram o papel dos indicadores de ciência, tecnologia e inovação na formulação de políticas públicas eficazes. Entre os temas discutidos estavam a atualização do modelo atual de indicadores; a incorporação de novas dimensões, como impactos sociais e ambientais; e a construção de ferramentas que permitam diagnósticos mais ágeis sobre a realidade brasileira.

A diretora do Departamento de Governança e Indicadores de Ciência e Tecnologia, do MCTI, Verena Hitner, destacou a necessidade de integração entre instituições e estados. “Estamos diante do desafio de repensar metodologias e avançar na construção de uma rede nacional de indicadores capaz de identificar semelhanças e diferenças entre os estados e gerar informações de fácil acesso para a tomada de decisão”, afirmou.

O presidente do Confap, Márcio de Araújo Pereira, ressaltou que os indicadores são essenciais para orientar estratégias conjuntas. “Os indicadores são o nosso mapa, eles nos dão norte. Neste momento de soberania tecnológica, precisamos investir em pesquisa e educação, com total transparência dos dados que vão gerar esses indicadores”, disse.

Outro ponto debatido foi a integração de esforços entre instituições e estados, com a proposta de consolidar uma rede nacional de indicadores de CT&I. Experiências de observatórios temáticos em áreas como bioeconomia, cidades sustentáveis, economia espacial e transformação digital foram apresentadas como exemplos de boas práticas e fontes de dados estratégicos.

Verena lembrou que o trabalho com dados deve considerar novas dimensões para além de métricas tradicionais. “É fundamental avançar na construção de um ecossistema de dados em ciência, tecnologia e inovação, permitindo análises comparativas e políticas públicas mais consistentes”, explicou.

O encontro reforçou a importância de políticas públicas orientadas por evidências, com metodologias consistentes e sustentáveis ao longo do tempo, e apontou caminhos para que os indicadores funcionem como uma bússola para o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação