Pesca e Meio Ambiente juntos na construção do Plano Regional de Bagres Migradores Amazônicos

Nesta quarta-feira (17), teve início a “Oficina de Preparação do Plano Regional de Bagres Migradores Amazônicos” (dourada e piramutaba), no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

A oficina acontecerá até o dia 19/09 e tem por objetivo construir o Plano de forma participativa, reunindo diversos atores envolvidos nessa atividade: pesquisadores, pescadores, comunidades tradicionais, acadêmicos e técnicos do governo. Serão apresentadas as iniciativas atuais de conservação e manejo sustentável dos bagres; definição conjunta da ação regional coordenada para essa conservação com foco na sustentabilidade da atividade pesqueira comercial, conservação da biodiversidade aquática e promoção do bem-estar humano. Serão definidos os compromissos das organizações participantes da construção do Plano e elaborada a sua minuta.

Estiveram presentes representantes da Colômbia, Peru, Equador, Venezuela e Bolívia. O secretário-executivo do Ministério da Pesca e Aquicultura e doutor em Ecologia Aquática e Pesca pela Universidade Federal do Pará, Edipo Araujo Cruz, participou da mesa de abertura do evento ao lado da secretária nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Rita Mesquita, da diretora do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Carolina Von Der Weid, do  coordenador de Pesca e Bioeconomia da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), Mauro Ruffino, da  secretária-executiva da Convenção sobre Espécies Migratórias (CMS), Amy Fraenkel, e da coordenadora da Secretaria Técnica da Aliança Águas Amazônicas, Mariana Varese.

Hoje (17), aconteceu a palestra “A atividade pesqueira comercial na Amazônia: conservação, manejo e segurança alimentar”, e ao longo dos próximos dias, grupos de trabalho para a construção do plano irão debater sobre a conservação de áreas prioritárias, governança e gestão pesqueira, cadeias de valor, monitoramento e pesquisa e fiscalização e controle. 

Para o secretário-executivo do MPA, Edipo Araujo Cruz, “esse tema é muito importante pois, trata dessas duas espécies de grande relevância socioeconômica para a região amazônica, para as comunidades e populações amazônicas de todos os países que fazem parte desse ecossistema, e essa oficina oportuna o diálogo plural para a construção do Plano, para que ele represente os anseios dos diferentes povos que vivem das águas amazônicas. O MPA está fomentando projetos que visam a conservação dos bagres, que também é sustento de milhares de pessoas que vivem na beira dos rios. Esse Plano dará as diretrizes para a conservação e uso sustentável desses recursos tão importantes para o território brasileiro e para a pan-amazônia”.

 

Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura