
País conquistou 44 pódios, sendo 15 ouros, dois a mais que a China (segunda colocada geral); os sul-mato-grossenses Yeltsin Jacques e Fabrício Ferreira brilharam.
O esporte brasileiro obteve uma conquista histórica neste domingo (5). Pela primeira vez, terminou o Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico na 1ª colocação, com 44 pódios, sendo três deles com sangue sul-mato-grossense.
Na segunda-feira (29), Yeltsin Jacques ficou em 2º lugar nos 5.000 metros classe T11 (para atletas com deficiência visual), garantindo a medalha de prata para o Brasil, a primeira do País na competição. Cerca de 24 horas depois, o campo-grandense conquistou a medalha de ouro nos 1.500 metros da classe T11.
“É o primeiro grande evento do ciclo Los Angeles, então com certeza isso mostra que estamos bem preparados e condicionados rumo ao Campeonato Paralímpico. Ainda teremos o Parapan-Americanos no meio do caminho. Desde 2013 participo de mundiais adultos, este é o sexto e sigo construindo história para o Brasil no esporte paralímpico. Só tenho a agradecer. Estou muito feliz”, destacou Yeltsin após as conquistas.
Com os dois pódios, o atleta soma seis medalhas em campeonatos mundiais, duas de ouro, duas de prata e duas de bronze.
No mesmo dia em que Yeltsin garantiu o ouro para o Brasil, foi a vez do naviraiense Fabrício Ferreira brilhar nas pistas. Ele foi 3º colocado nos 100m T13 (destinada para atletas com deficiência visual moderada), ficando com a medalha de bronze. Essa foi sua terceira medalha em mundiais, já que conquistou uma prata em Paris-2023 e outro bronze em Dubai-2019.
A campanha verde e amarela em Nova Déli, na Índia, chegou ao fim com 44 pódios, sendo 15 ouros (dois a mais que a China, segunda colocada geral), 20 pratas e nove bronzes. A delegação brasileira no Mundial de Nova Déli foi convocada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e contou com 50 atletas e 10 atletas-guia. Esta é a 12ª participação do Brasil no evento.
Grandiosidade
Para ter dimensão do feito brasileiro, esta é somente a segunda vez que a China não fica no topo do quadro de medalhas do Mundial de Atletismo Paralímpico. A última ocasião foi há 12 anos, quando a Rússia ficou em primeiro na edição de Lyon, na França.
O Brasil vinha batendo na trave nas últimas três edições, ficando em segundo lugar no quadro. Em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, há seis anos, foram 39 medalhas e 14 ouros, contra 59 pódios (25 no topo) da China.
No Mundial de 2023, disputado em Paris, na França, os brasileiros conquistaram 47 medalhas e repetiram os 14 ouros, ficando a dois dos chineses.
Já no do ano passado, em Kobe, no Japão, apesar do recorde de 19 láureas douradas (42 pódios no total), a delegação sul-americana ficou bem distante dos chineses (87 medalhas, 33 ouros). Confira a posição final do Brasil nos últimos Mundiais de atletismo:
- Nova Déli – 1º lugar (15 ouros, 20 pratas e 9 bronzes)
- Kobe 2024 – 2º lugar (19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes)
- Paris 2023 – 2º lugar (14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes)
- Dubai 2019 – 2º lugar (14 ouros, 9 pratas e 16 bronzes)
- Londres 2017 – 9º lugar (8 ouros, 7 pratas e 6 bronzes)
- Doha 2015 – 7º lugar (8 ouros, 14 pratas e 13 bronzes)
- Lyon 2013 – 3º lugar (16 ouros, 10 pratas e 14 bronzes)
- Christchurch 2011 – 3º lugar (12 ouros, 10 pratas e 8 bronzes)
- Assen 2006 – 19º lugar (4 ouros, 11 pratas e 10 bronzes)
*Fonte: Correio do Estado, com algumas informações da Agência Brasil