As regras do FGTS passam por ajustes que mexem com quem usa o Saque-Aniversário para reforçar o orçamento. O desenho do produto muda, com limites claros por parcela e por ano.
O objetivo é padronizar a modalidade e reduzir o ritmo de contratações sucessivas. Isso afeta o volume imediato liberado e demanda um planejamento mais cuidadoso.
Se você pretende antecipar o FGTS, vale entender como fica os teto, a frequência de uso e a carência para a primeira operação.
O que muda na prática
A partir de 1° novembro de 2025, o modelo deixa de permitir liberações muito altas de uma só vez. Entra em vigor um teto fixo por parcela, um limite anual de parcelas e a exigência de apenas uma contratação por ano.
Para antecipar o FGTS com as novas regras, cada parcela do Saque-Aniversário terá limite de R$ 500. No ano de transição, podem ser liberadas até 5 parcelas (somando R$ 2.500).
Depois dessa fase, o padrão passa a 3 parcelas por ano, com teto anual de R$ 1.500. O saldo disponível continua sendo referência, mas sempre respeitando esses limites nacionais.
Antes de detalhar números, é útil entender como a transição encaixa no seu planejamento e como calcular o que de fato pode entrar no seu caixa.
Além dos valores, muda a dinâmica de contratação. Essa modalidade passa a permitir uma única operação por ano, o que impede “escadas” de contratos no mesmo período.
E há uma carência de 90 dias entre a adesão ao Saque-Aniversário e a primeira antecipação. Para quem fazia contratações em sequência, o fluxo de caixa precisará ser redesenhado.
Quem sente mais no orçamento
O impacto é maior em perfis que dependiam de reforços mensais ou de saques maiores para despesas pontuais.
Com menos parcelas e limite de valores, a liquidez imediata diminui. A estratégia passa a ser encaixar gastos essenciais dentro do limite anual e evitar assumir obrigações, contando com novas liberações no mesmo ano-calendário.
Passo a passo de planejamento
Para ajudar a organizar suas finanças diante das novas regras do FGTS, é essencial um planejamento cuidadoso.
As orientações a seguir detalham um passo a passo para você se adaptar às mudanças e manter o controle do seu orçamento.
- mapeie despesas fixas e sazonais do ano e confronte com o teto total do período (transição ou regra definitiva);
- programe a data da contratação anual, considerando a carência de 90 dias para a primeira liberação;
- priorize compromissos essenciais e renegocie gastos que não caibam no limite anual projetado;
- acompanhe o saldo do FGTS, mas lembre-se de que os tetos nacionais prevalecem sobre o valor disponível.
Os contratos já firmados seguem válidos conforme as condições do momento da assinatura. Para novas operações, valem os tetos por parcela, o número máximo de parcelas anuais e a frequência de uma contratação por ano.
Não é o fim do Saque-Aniversário: é uma reconfiguração que exige planejamento e previsibilidade.
Em resumo, 2025 será um ano de maior cautela no uso do FGTS como complemento de renda. Compreender as limitações e planejar as finanças pessoais permitirá uma transição mais suave, mantendo o orçamento sob controle.