
Brasília, 20/10/2025 – O Governo Federal deu início, nesta segunda-feira (20), ao primeiro Curso Resposta em Ações Integradas para Atuação em Situações de Desastres (Respad). A aula inaugural aconteceu no auditório da Academia de Bombeiro Militar do Distrito Federal e reuniu especialistas para promover a gestão integrada de desastres, fortalecendo a articulação entre os Corpos de Bombeiros Militares e os órgãos federais que compõem o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC).
O curso, com duração de 80 horas, reúne bombeiros militares de todos os estados e tem como estratégia operações integradas, capacitação contínua, padronização de protocolos, investimentos em tecnologia e mapeamento estratégico. A primeira turma é composta por 42 bombeiros militares, representando a diversidade e a capilaridade das forças estaduais. O currículo foi desenhado para reforçar as capacidades de comando, controle e coordenação interagências, além de promover alinhamento técnico e operacional entre os Corpos de Bombeiros e os órgãos de gestão de risco e desastres.
A abertura contou com a presença de representantes das Forças Armadas, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, de diretorias da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e da Secretaria de Articulação e Monitoramento da Casa Civil da Presidência da República.
Durante o evento, o diretor de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Senasp, Rodney da Silva, mediou o painel “Desafios e Caminhos para a Atuação Integrada em Resposta a Desastres”, que discutiu mecanismos para aprimorar a cooperação entre instituições em cenários críticos.
Experiência prática
Todos os instrutores possuem experiência direta no atendimento a desastres em território nacional, e alguns também atuaram em missões internacionais.
O curso se fundamenta também nas diretrizes do Protocolo para Atuação Integrada em Situações de Desastres, estabelecido pela Portaria Interministerial nº 4/2025 – MJSP/MIDR. O documento define parâmetros para o acionamento e o emprego coordenado das forças envolvidas na resposta a desastres em âmbito nacional.
A iniciativa conta com o apoio institucional do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros Militares (CNCGBM/LIGABOM), parceiro estratégico da Senasp na construção de uma doutrina integrada de atuação. A cooperação reforça o compromisso de fortalecer a resposta nacional a desastres, aprimorando cooperação, padronização e prontidão das forças estaduais.
O Respad marca um passo decisivo para consolidar uma política nacional integrada de resposta a desastres, alinhada às transformações climáticas e humanitárias que desafiam o Brasil. A iniciativa reafirma o protagonismo dos Corpos de Bombeiros Militares na gestão de emergências e evidencia o esforço conjunto do Governo Federal para promover segurança, eficiência e solidariedade nas ações de enfrentamento a desastres em todo o território nacional.
Respad
Coordenado pela Senasp em parceria com o Conselho Nacional de Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros, o projeto busca aprimorar a coordenação entre os Corpos de Bombeiros, as forças de segurança pública, a Defesa Civil e demais órgãos responsáveis pela gestão de crises, garantindo maior eficiência no enfrentamento de desastres naturais.
Principais eixos do Respad
– Operações integradas: implementação de um modelo unificado de coordenação, comando e controle por meio do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), assegurando respostas ágeis e eficazes.
– Capacitação e treinamento: formação contínua de profissionais, com ênfase na qualificação técnica dos Corpos de Bombeiros e demais forças de segurança.
– Diretrizes operacionais e guias técnicos: padronização dos protocolos de resposta, garantindo atuação coordenada e eficiente em todo o País.
– Modernização e investimentos: aquisição de equipamentos e tecnologias para ampliar a capacidade de resposta e a segurança das equipes.
– Mapeamento e diagnóstico: levantamento detalhado sobre a sazonalidade dos desastres e a estrutura das forças de resposta, subsidiando ações estratégicas e preventivas.