O Ministério da Saúde divulgou, nesta quinta-feira (30), o resultado final da seleção de projetos para o Programa Nacional de Apoio à Permanência, Diversidade e Visibilidade para Discentes na Área da Saúde (AfirmaSUS). Foram 124 propostas de Instituições de Ensino Superior públicas que vão desenvolver ações de ensino, pesquisa, extensão e cultura com recorte interseccional, intercultural e interprofissional no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Dos projetos eleitos, 31 são para instituições da Amazônia Legal, região estratégica por sua diversidade sociocultural e desafios específicos. O investimento é de 12 milhões destinado para o pagamento de 1.600 bolsas de até R$ 1 mil.
Durante o período de seleção, a plataforma recebeu 205 cadastros de proponentes. Destes, 124 foram aprovados conforme os critérios de elegibilidade e mérito técnico definidos na chamada pública. Foram aprovados projetos de todos os estados e do Distrito Federal.
A seleção contemplou grande volume de projetos destinadas à Amazônia Legal, em quase todas as Instituições de Ensino Superior (IES) públicas de ensino superior da região. Foram contempladas 31 propostas, sendo 8 no Pará, 7 no Tocantins, 5 no Amazonas, 3 no Mato Grosso, 3 no Maranhão, 2 no Amapá, e 1 nos estados de Rondônia, Roraima e Acre. Os estados com maior número de propostas aprovadas foram Minas Gerais (13) e Bahia e São Paulo, ambos com 10 projetos. Em termos regionais, o Nordeste foi a região com mais aprovações, no total de 37, seguido do Sudeste com 30 e Norte, com 25.
O programa é uma das ações realizadas pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (SGTES/MS) para promover a integração ensino-serviço-comunidade e apoiar a permanência de estudantes que ingressaram em universidades públicas por ações afirmativas, formando profissionais alinhados às diferentes realidades das populações vulneráveis atendidas no SUS.
“O AfirmaSUS possibilita que as distintas realidades dos territórios sejam respeitadas e atendidas. E, a partir daí, promove o enfrentamento às iniquidades e assimetrias com abordagem interseccional no SUS. Além de contribuir com a educação em saúde de maneira crítica e inclusiva, pois considera a diversidade numa perspectiva interseccional e intercultural”, aponta o secretário da SGTES, Felipe Proenço.
Além dos bolsistas, outros 800 universitários também oriundos de ações afirmativas poderão participar dos projetos de forma voluntária, totalizando até 2.400 estudantes. Vale destacar que a maioria dos bolsistas, 70%, deve ser oriundo de cursos de graduação da saúde. A iniciativa também prevê 160 bolsas a docentes (tutores) e 160 bolsas para orientadores da sociedade civil que contribuirão com saberes e práticas locais.
Os estudantes participantes dos projetos selecionados vão receber bolsas no valor de R$ 700 e os grupos terão incentivo financeiro de até R$ 7.700 para o desenvolvimento das atividades. Estudantes voluntários, apesar de não serem contemplados com bolsas, terão oportunidade de aprender com o projeto.
Nádia Conceição
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde


