O ministro dos Transportes, Renan Filho, autorizou nesta quarta-feira (5) a elaboração dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental para a federalização da rodovia TO-080, entre Paraíso do Tocantins e Palmas. Com a possível absorção da estrada, que faz o eixo logístico entre a BR-010 e a BR-153, pela União, poderão ser priorizadas no futuro melhorias e ampliação da capacidade do trecho de cerca de 80 quilômetros entre as duas cidades.
“Esse é um marco de uma reivindicação antiga e importante. A TO-080 é estratégica para o Brasil e vai garantir mais desenvolvimento ao Tocantins, um dos estados que mais crescem no país”, destacou Renan Filho.
O ato fez parte das ações da Rota COP30, caravana do Ministério dos Transportes rumo a Belém (PA), onde a comitiva do órgão percorre as rodovias do país aliando infraestrutura e sustentabilidade em um trajeto que parte de Brasília (DF) até a porta de entrada da Floresta Amazônica, região em que será realizada a maior cúpula climática internacional da ONU.
“Nem mesmo o povo tocantinense sabe até onde o estado do Tocantins pode chegar. Nessa caminhada, o governo vai dar toda a contribuição possível”, completou o ministro dos Transportes.
Embora a TO-080 faça uma importante interligação entre dois canais de escoamento da produção nacional, atualmente é uma rodovia estadual de pista simples. A partir da liberação dos novos estudos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vai fazer a avaliação dos condicionantes viários para indicar a melhor opção de operação a ser implementada na estrada, de modo a aprimorar o fluxo de veículos leves e de carga ao longo do percurso, gerando mais segurança aos usuários e colocando o Tocantins como ponto de conexão estratégica na logística do país.
Escoamento da safra
A BR-010/TO conta com cerca de dois mil quilômetros de extensão e cruza quatro estados, passando por zonas pujantes do agronegócio no sudeste tocantinense, especialmente na produção de grãos, que vem crescendo nos últimos anos impulsionada pela expansão da infraestrutura. Já a BR-153/TO margeia áreas de pecuária e agricultura, conectando as culturas a pontos distantes do país, como o Pará e o Rio Grande do Sul. Assim, a federalização da TO-080 vai fortalecer o desenvolvimento econômico regional a partir da modernização da integração entre essas duas rotas.
A safra 2024/2025 de grãos no Tocantins atingiu 9,17 milhões de toneladas, 28% a mais que no ciclo anterior, consolidando o estado como maior produtor da Região Norte.
Brasília-Belém
Pelo mesmo caminho percorrido em Goiás nesta terça-feira (4), a comitiva ministerial que compõe a Rota COP30 marcou presença hoje em mais uma duplicação da BR-153, desta vez no Tocantins.
Operando a todo vapor, a Ecovias Araguaia, que já entregou 11,2 quilômetros de duas pistas em Gurupi e Aliança, com viadutos, retornos, passarelas e vias marginais, agora segue com obras em mais 19 quilômetros da BR-153/TO, em Talismã, que devem ser concluídas até o início do ano que vem. São mais de R$ 500 milhões em investimentos nesta fase, que inclui também trechos duplicados em Goiás. Ao longo de todo o contrato de concessão, o montante previsto é de R$9,3 bilhões em intervenções nos dois estados.
“Os recursos para as melhorias são garantidos pelo BNDES e pelo Banco da Amazônia, permitindo manter o contrato com obras de duplicação na BR-153, um anseio da sociedade que o Governo Federal conseguiu atender”, afirmou Renan Filho durante agenda em Talismã (TO).
A BR-153/GO/TO tem um fluxo de mais de 55 mil motoristas que trafegam diariamente pelo trecho e mais de 800 mil pessoas residentes nos municípios atendidos pela concessão. A duplicação da estrada, eixo estratégico de ligação entre o Meio-Norte e o Centro-Sul do país, promoverá ganhos significativos em segurança viária, redução do tempo de viagem e maior fluidez no transporte de cargas e passageiros, fomentando a geração de empregos, o escoamento da produção agrícola e industrial e o fortalecimento das economias locais.
Ferrovia Norte-Sul
No segundo dia de viagem, Renan Filho e sua equipe também estiveram em Gurupi (TO), para vistoriar o andamento do Terminal de Transbordo Ferroviário, operado pela Rumo em parceria com o Grupo Fazendão.
“Cada vagão que parte carregado e cada quilômetro de ferrovia significa menos caminhões na pista, mais segurança e mais eficiência para quem produz”, pontuou o ministro.
Localizado na Malha Central da Ferrovia Norte-Sul, o empreendimento conta com capacidade para movimentar 500 mil toneladas de farelo de soja por ano e conecta o polo produtor de Gurupi diretamente ao Porto de Santos (SP), maior da América Latina, criando um corredor logístico eficiente, seguro e de baixo carbono para o agronegócio nacional conseguir atingir mercados consumidores do mundo todo.
O governador do Tocantins, Laurez Moreira, que recebeu a comitiva no município, comentou sobre a redução de custos de transporte e o aumento da competitividade comercial a partir do terminal.
“Fortalece a nossa economia, garante ao empreendedor a segurança no transporte de seu produto e representa melhores preços para quem planta em nosso estado”, ressaltou Moreira.
Um diferencial da estrutura é sua localização no coração do Matopiba, região formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a principal fronteira agrícola do país, além de receber cargas do leste de Mato Grosso e do norte de Goiás.
A Malha Central da Ferrovia Norte-Sul, com 1.537 quilômetros de extensão, vai de Porto Nacional (TO) a Estrela d’Oeste (SP) e se integra à Malha Paulista e ao corredor de exportação de Santos.
Toca pra ponte, motorista
A próxima parada da caravana Rota COP30 rumo a Belém, nesta quinta (6), será em Xambioá (TO), para acompanhar os serviços na ponte sobre o rio Araguaia, que conecta o Tocantins ao Pará. Com 2.010 metros e investimento de R$28 milhões pelo Novo PAC, o tráfego de veículos na estrutura deve ser liberado em dezembro.
“Quando olhamos obras como essas com os próprios olhos, temos condições de tomar melhores decisões para o país. As pontes que serão entregues vão impulsionar ainda mais o transporte de cargas pelo estado. A produção daqui não para de crescer, e o fato é que, diferentemente do passado, as coisas no Tocantins começaram a andar sob a ótica do Governo Federal”, finalizou o ministro dos Transportes.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes
Fonte: Ministério dos Transportes


