A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu, nesta quinta-feira (6), o presidente francês, Emmanuel Macron, na caravana fluvial Iaraçu, barco franco-brasileiro atracado em Belém (PA) para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). O evento ocorre de 10 a 21 de novembro, na capital paraense.
A ministra comemorou o encontro e a visita à embarcação. “A Caravana Iaraçu é um símbolo de cooperação científica e de diplomacia ambiental. Ela une Brasil, França e países africanos em torno da ciência como ponte entre povos e biomas tropicais”, comemorou Luciana Santos.
A caravana é resultado de uma cooperação científica entre o Brasil e a França com foco na Amazônia. A embarcação foi lançada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em parceria com mais de dez instituições, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência vinculada ao MCTI; a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação pública ligada ao Ministério da Educação (MEC); a Embaixada da França no Brasil; o Centro Franco-Brasileiro da Biodiversidade Amazônica; e o Institut de Recherche pour le Développement (IRD/França).
“A ciência é o instrumento mais poderoso que temos para compreender, preservar e regenerar o planeta. No Brasil, a ciência orienta nossas políticas públicas para enfrentar as mudanças climáticas, proteger a biodiversidade e desenvolver uma economia de baixo carbono”, continuou a chefe da pasta.
A embarcação saiu de Manaus (AM) em 28 de outubro em direção a Belém para a conferência. Navegando pelo Rio Amazonas, a Iaraçu parou em diversas cidades e comunidades ribeirinhas, mobilizações de pesquisadores, instituições de ensino e organizações sociais buscando dar voz aos territórios nos debates internacionais sobre o clima que acontecerão na COP30.
Lançamento de chamada pública
Durante sua passagem por Santarém, cidade paraense a mais de 1 mil km de distância de Belém, foi lançada uma chamada do CNPq em parceria com o Capes e o IRD. Com um investimento de mais de R$ 2,8 milhões, a chamada visa grupos de pesquisa brasileiros e franceses.
Os eixos previstos são:
- Compreensão, Monitoramento, Conservação e Documentação da Biodiversidade Amazônica;
- Contribuições Presentes e Passadas dos Povos Indígenas e Comunidades Locais para a Biodiversidade;
- Cobertura Florestal, Observação da Terra, Mudanças Ambientais Regionais e Sustentabilidade;
- Biodiversidade, Saúde Humana e Alimentação (Abordagem One Health);
- Bioeconomia para Meios de Subsistência Inclusivos e Economias Plurais, Bem Viver e Sistemas Alimentares Saudáveis


