
O papel central da Amazônia na governança climática global foi destacado pela secretária nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Edel Moraes, na abertura da 14ª Reunião do Grupo de Trabalho Facilitador da Plataforma de Comunidades Locais e Povos Indígenas (LCIPP, na sigla em inglês), na última terça-feira (4/11). Realizada em Belém (PA) até esta sexta-feira (7/11), o encontro reúne representantes de povos e comunidades tradicionais (PCTs), governos e organizações da sociedade civil de diferentes regiões do mundo.
“A Amazônia não é apenas um símbolo. A floresta tem gente, tem cultura, tem história. Aqui vivem povos que há séculos cuidam deste território e que nos ensinam que a verdadeira sustentabilidade nasce da convivência com a natureza”, afirmou Edel Moraes, que, na ocasião, representou a Presidência da COP30 no evento integrante da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês).
Durante sua fala, a secretária destacou que a reunião da LCIPP no Brasil, no contexto da preparação para a COP30, representa o reconhecimento internacional do país como um espaço de diálogo e de protagonismo das comunidades locais. “Que este encontro seja um espaço de construção conjunta, capaz de gerar encaminhamentos que contribuam com a humanidade, o planeta e as futuras gerações”, pontuou.
Ao longo dos quatro dias de atividades, o encontro discutiu os três pilares da LCIPP: troca de conhecimentos, fortalecimento da capacidade de engajamento e integração de políticas e ações climáticas. Esses eixos são considerados fundamentais para garantir a representatividade de povos e comunidades tradicionais nas decisões internacionais sobre o clima. Também foram debatidas a implementação do Plano de Trabalho de Baku (2025–2027) e o fortalecimento da cooperação entre países e comunidades locais.
Para Edel Moraes, o evento simboliza um momento de reafirmação do compromisso brasileiro com uma agenda climática inclusiva, participativa e baseada na justiça socioambiental. “Como disse Chico Mendes, no começo lutávamos para salvar as seringueiras, depois as florestas, mas estávamos salvando a humanidade. A floresta é mais do que árvores. Ela tem gente, tem memória, tem vida pulsando em cada comunidade e em cada rio deste bioma”, completou.
PCTs na Plataforma
Criada em 2015, durante a COP21, em Paris, a Plataforma é um dos principais instrumentos de diálogo entre a ciência e os saberes tradicionais no âmbito do sistema da ONU.
A participação dos PCTs brasileiros nos espaços internacionais sobre o clima tem sido uma das prioridades do MMA para assegurar uma governança climática mais justa, plural e democrática. Saiba mais aqui.
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