O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que o Brasil deve influenciar outros países na transição para combustíveis menos poluentes em atividades ligadas à infraestrutura. A declaração foi feita nesta segunda-feira (10), em Belém (PA), durante a abertura oficial da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Segundo ele, ainda há pouca adesão mundial a compromissos efetivos com a real descarbonização dos modais logísticos.
“A transição energética é trabalhosa e faz com que muitos países grandes relutem em implementar essa agenda. O Brasil já vem fazendo isso ao longo do tempo, o que coloca o país na vanguarda para seguir pilotando e cobrando que o mundo tome providências semelhantes”, afirmou Renan Filho.
“No Ministério dos Transportes, transformamos compromissos ambientais em ações efetivas, com obras, investimentos e políticas públicas que mudam a realidade”, completou.
Brasil que inspira
Um dos marcos recentes alcançados pelo Governo Federal foi a modernização das normas técnicas de regulamentação do setor, com as Resoluções nº 1.005 e nº 1.015 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Desde o ano passado, essas normas viabilizam o uso industrial de veículos com propulsão alternativa, como gás natural liquefeito (GNL), biometano, hidrogênio e eletricidade.
Com a implementação das medidas, em apenas um ano, o número de caminhões pesados a gás licenciados já equivale a 70% do volume registrado nos cinco anos anteriores.
“O nosso país é um dos poucos do mundo que mistura biocombustíveis à gasolina e ao diesel, em grandes proporções. Estamos chegando a quase 30% de biocombustível na gasolina, o que significa menos emissão de gases que afetam o meio ambiente”, explicou o ministro.
Nos próximos dias, Renan Filho se reunirá com delegações estrangeiras para apresentar os resultados nacionais e incentivar que mais países adotem biocombustíveis em suas matrizes energéticas rodoviárias. A meta é reduzir emissões de carbono, promover o desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, fortalecer o setor produtivo nacional, especialmente o agronegócio, com potencial de ampliar exportações.
Construindo o futuro
Nos últimos três anos, sob a gestão de Renan Filho, o Ministério dos Transportes retomou e acelerou mais de 1.100 obras públicas, além de realizar 20 novos leilões de concessão, somando mais de R$ 40 bilhões em investimentos.
Pela primeira vez na história, a infraestrutura rodoviária federal passou a contar com metas explícitas de sustentabilidade, que determinam, por exemplo, a aplicação mínima de 2,5% do modelo econômico-financeiro dos contratos com a iniciativa privada em ações ambientais e de resiliência climática.
“Esse governo já assegurou US$ 2,6 bilhões, com previsão de chegar a US$ 4 bilhões até 2026, em recursos destinados a obras de adaptação, transição energética e proteção de ativos estratégicos diante de eventos climáticos extremos”, afirmou o ministro.
Próximos capítulos
Durante a COP30, o Ministério dos Transportes terá presença ativa na programação da maior cúpula climática do planeta, com inaugurações de pavilhões, workshops sobre descarbonização de rodovias e ferrovias, e o lançamento de iniciativas inovadoras, como a Aliança pelo Transporte Sustentável na Amazônia e o projeto E-Dutra.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes
Fonte: Ministério dos Transportes


