A nova edição da Pesquisa de Confiança nas Instituições Públicas na América Latina e Caribe, realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revela que o Brasil vive um processo de recuperação da confiança da população no Estado. Segundo o levantamento, divulgado nesta segunda-feira (10), entre 2022 e 2025, a confiança no Governo do Brasil passou de 26% para 38%, superando a média dos países da região (35%). No mesmo período, a confiança no serviço público aumentou de 24% para 41%. O sistema eleitoral brasileiro aparece como o mais confiável da América Latina, com 48%.
Os resultados indicam avanços em diferentes áreas da atuação do Estado. A percepção de justiça na distribuição de benefícios sociais passou de 33% para 48%, e 49% dos entrevistados afirmam que os serviços públicos melhoram após reclamações, índice superior às médias latino-americana e da OCDE (43% e 39%). O Brasil também se destaca na adoção de inovação na administração pública. Os dados apontam para uma recuperação da capacidade estatal de responder às demandas da sociedade.
O relatório mostra que o país reverteu a trajetória de perda de credibilidade institucional observada em 2022 e iniciou um ciclo de fortalecimento da capacidade de planejar, coordenar e executar políticas públicas. A retomada do planejamento integrado, a recomposição de quadros técnicos, a valorização do serviço público e a ampliação de canais de participação da sociedade são apontadas como ações que sustentam esse movimento.
Entre as iniciativas que contribuíram para a melhora, a OCDE destaca o redesenho do Bolsa Família, com critérios claros de acesso e distribuição, a ampliação e integração do atendimento digital por meio da plataforma Gov.br e o funcionamento dos Conselhos de Usuários de Serviços Públicos, que permitem registrar experiências e orientar melhorias.
O relatório também destaca o avanço em integridade e transparência. A Controladoria-Geral da União reorganizou processos de supervisão de estruturas de integridade e transparência ativa, fortalecendo mecanismos de prevenção e responsabilização.
“A pesquisa confirma que a confiança está sendo reconstruída porque o Estado voltou a ter capacidade de atuar. Desde o início, o Governo do Presidente Lula orientou a recuperação das estruturas públicas, a coordenação entre ministérios e o uso de evidências na formulação de políticas. No Brasil, recolocamos a participação social e o fortalecimento dos mecanismos de controle no centro da gestão. Ao ampliar a voz da sociedade, fortalecer a integridade e garantir transparência, estamos recolocando o Estado a serviço da população e reconstruindo a confiança entre o Governo do Brasil e a sociedade”, defende o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Marques de Carvalho.
A pesquisa foi realizada em dez países da América Latina e Caribe, com cerca de 2 mil entrevistados por país, seguindo metodologia internacional aplicada pela OCDE. Esta é a segunda edição do estudo no Brasil, que integra o grupo diretivo responsável pela governança do projeto.
“Esse resultado reflete o impacto positivo na vida das pessoas das ações para reconstrução do Estado que foram implementadas pelo governo do Presidente Lula. Retomamos os concursos públicos e valorizamos os servidores para reforçar a entrega de serviços públicos, incrementamos a inclusão e a transformação digital e promovemos inovações organizacionais. E essa transformação do Estado está sendo percebida pela população”, resume a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
“O fortalecimento da confiança nas instituições passa por ouvir o povo. Ao retomar e ampliar os espaços de participação social, o Presidente Lula devolveu à sociedade a possibilidade de influenciar diretamente as políticas públicas. Esse processo não é apenas simbólico. Ele muda a forma como o Estado age e responde às desigualdades. Isso é o que sustenta uma democracia viva”, complementa o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Guilherme Boulos.

Fonte: Controladoria-Geral da União


