Wellington Dias participa de inauguração da Cozinha Mãos de Mulheres em Ananindeua (PA)

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, participou, nesta quarta-feira (12.11), ao lado da primeira-dama Janja da Silva, da inauguração da Cozinha Mãos de Mulheres, em Ananindeua, município próximo a Belém (PA), onde ocorre a COP30.

O projeto, de caráter piloto, é financiado pela Itaipu Binacional e realizado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), o Ministério de Minas e Energia (MME), a Secretaria-Geral da Presidência da República, a Abiogás, a Cáritas Brasileira e a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O espaço integra o projeto Cozinhas Comunitárias Sustentáveis, que busca unir segurança alimentar e geração de energia limpa.

A iniciativa prevê a modernização das estruturas, com a instalação de sistemas fotovoltaicos, biodigestores e novos equipamentos, além de adequações físicas que aumentam a segurança na manipulação de alimentos e melhoram as condições de trabalho das equipes.

Esse conjunto de políticas públicas, como o PAA, o Bolsa Família e as Cozinhas Solidárias, ajudou a tirar o Brasil do Mapa da Fome”

ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias

Para o titular do MDS, o projeto vai gerar aprendizados e metodologias para replicação em outras cozinhas solidárias, fortalecendo a autonomia local. “A pobreza não é só comida, nem só renda, mas começa pela alimentação. Não é razoável saber que produzimos muito e ainda há pessoas passando fome. Esse conjunto de políticas públicas, como o PAA, o Bolsa Família e as Cozinhas Solidárias, ajudou a tirar o Brasil do Mapa da Fome”, afirmou o ministro.

Wellington Dias também ressaltou a instalação do biodigestor, que terá capacidade de produzir o equivalente a quatro botijões de gás por mês. “Somos um país gigante e queremos ser uma grande potência do mundo, com mais igualdade. Seguiremos trabalhando de forma integrada”, defendeu.

Para a primeira-dama Janja da Silva, a iniciativa representa um avanço na integração entre solidariedade, sustentabilidade e cuidado com as pessoas. “Estamos entregando melhorias, solidariedade, amor e alimentação saudável. Entendemos a importância das cozinhas solidárias, que nasceram na pandemia e se transformaram em uma política pública”, disse. “Este é um projeto piloto que construímos para transformar essas cozinhas, trazendo cuidado e sustentabilidade com o uso do biodigestor”, completou.

A secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Lilian Rahal, também esteve presente no lançamento e destacou que a cozinha de Ananindeua trabalha com o MDS desde o início do Programa Cozinha Solidária. “Estamos construindo juntos essa proposta de cozinhas com biodigestores, que permitem a reciclagem dos restos de alimentos e de todo o lixo possível, gerando gás e economia para o preparo das refeições.”

Lilian explicou ainda que o projeto inclui ações voltadas à produção sustentável de alimentos. “No caso de Ananindeua, implementamos um sistema em parceria com a Embrapa, baseado no modelo de quintal produtivo, com piscicultura, criação de pequenos animais e cultivo de hortaliças e legumes. A produção serve tanto para abastecer a cozinha quanto para atividades pedagógicas com a comunidade, envolvendo o preparo do solo e dos alimentos. A ideia é que essa cozinha funcione também como um espaço de convivência e trabalho comunitário.”

Benefícios

A Cozinha Popular Solidária de Ananindeua entrega mais de 300 refeições por semana em cinco bairros do município, fortalecendo o vínculo comunitário e o combate à fome na região. A coordenadora da iniciativa, Lenina Pinheiro Aragão, ressaltou que a nova estrutura representa um salto de qualidade para o trabalho realizado junto à comunidade.

“Com o biodigestor que estamos recebendo agora, vamos poder aproveitar o que antes seria descartado, transformando em gás que volta para a cozinha e nos permite alimentar cinco bairros do município, levando refeições a quem mais precisa. Com as placas solares, conseguiremos também garantir o funcionamento contínuo da cozinha”, avaliou Lenina.

O secretário-geral da Presidência da República, Guilherme Boulos, enfatizou que o objetivo é que a cozinha solidária vá além da entrega de refeições, tornando-se um espaço de convivência e fortalecimento comunitário. Segundo ele, o projeto piloto será um exemplo a ser replicado em todo o país.

Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira reforçou a importância da transição energética justa e do uso de tecnologias limpas na promoção da inclusão social e da sustentabilidade.

Cozinhas Comunitárias Sustentáveis

O projeto busca unir segurança alimentar e geração de energia limpa. Além dos biodigestores, cada cozinha piloto contará com placas fotovoltaicas para geração de energia solar e hortas comunitárias que aproveitam o biofertilizante gerado pelos equipamentos.

A iniciativa prevê a instalação de sete cozinhas-piloto em diferentes regiões do país, equipadas com biodigestores, uma iniciativa da Abiogás, com o apoio do MME. O equipamento foi desenvolvido pelo Centro Sustentável de Tratamento de Resíduos (CSTR). O projeto também conta com o apoio da Secretaria-Geral, do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Itaipu Binacional e Cáritas Brasileira.

Assessoria de Comunicação – MDS , com informações do MME

Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome