A abertura da Cúpula dos Povos, realizada na Universidade Federal do Pará (UFPA) nesta quarta-feira (12), marcou um dos momentos mais simbólicos da agenda paralela à COP30 em Belém. O encontro, que segue até 16 de novembro, reúne milhares de participantes para discutir perspectivas sociais e ambientais fundamentais para o enfrentamento da crise climática. A presença do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, reforçou o caráter popular e democrático da iniciativa, vista como um espaço essencial para que vozes historicamente silenciadas sejam ouvidas.
Durante sua fala, Boulos destacou a centralidade da mobilização social no atual cenário climático, enfatizando que a Cúpula fortalece a legitimidade das demandas dos povos da Amazônia. “Belém é, nesses dias, a capital do movimento social e da participação popular no mundo inteiro”, afirmou o ministro, celebrando a presença de lideranças que atravessaram longas distâncias para participar do encontro. Ele também ressaltou que decisões tomadas nas COPs só se tornam realidade quando há pressão e vigilância da sociedade: “Os movimentos sociais são o que fica. São vocês os verdadeiros protagonistas que permitem o enfrentamento real e efetivo à crise climática”.
Ao longo da programação, a Cúpula dos Povos promove debates sobre soberania alimentar, transição energética, racismo ambiental, governança participativa e enfrentamento ao extrativismo fóssil, entre outros temas urgentes. Em tom de otimismo, Boulos reforçou que o momento é decisivo para frear o negacionismo e fortalecer a justiça climática no Brasil e no mundo. “Para derrotar os interesses que sabotam o futuro do planeta, é imprescindível estarmos organizados. Contem com a gente, contem com o governo do presidente Lula”, concluiu.
Fonte: Secretaria-Geral


