Isso indica que Mato Grosso do Sul foi na contramão do País, onde, em 2022, os homens ganhavam 17% a mais do que as mulheres e, em 2023, o percentual caiu para 15,8%.
No período de um ano, a diferença entre os salários de trabalhadores homens e mulheres aumentou quase 2% em Mato Grosso do Sul. Informações das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre), divulgadas nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem 2023 como ano de referência.
Conforme os dados, de 2022 para 2023, a diferença salarial passou de 4,3% para 6,2% a mais para os homens no Estado.
Isso indica que Mato Grosso do Sul foi na contramão do País, onde, em 2022, os homens ganhavam 17% a mais do que as mulheres e, em 2023, o percentual caiu para 15,8%.
No Estado, enquanto a remuneração média dos homens foi de R$ 3.693,73, as mulheres receberam R$ 3.476,26. Ou seja, as mulheres receberam, em média, o equivalente a 94,1% do salário médio mensal dos homens.
“Na quantidade de pessoas ocupadas, em 2023, 52,7% eram homens e 47,3%, mulheres, o que representou uma estabilidade da participação feminina em relação ao ano anterior, quando elas representavam 47,4% dos assalariados”, pontua o técnico da pesquisa, Felipe Senna.
Os homens estavam mais concentrados no setor da construção (88,8%), seguido das indústrias extrativas (84,9%) e eletricidade e gás (83,4%).
Já as mulheres atuavam mais nos setores de saúde humana e serviços sociais (22,4%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (70,7%) e educação (67,9%).
Salário médio de MS foi o quarto maior do País
Em 2023, Mato Grosso do Sul registrou o 4º maior salário médio do país, equivalente a 2,8 salários mínimos, segundo dados do Cempre.
Os maiores valores foram observados no Distrito Federal (4,5 salários mínimos), em São Paulo (3,3) e no Rio de Janeiro (3,2). Já os menores salários médios ocorreram em Alagoas (2,0) e Ceará (2,1).
O salário médio mensal pago em 2023 pelas empresas de Mato Grosso do Sul cresceu 9%, sem a correção pela inflação, passando de R$ 3.292,14, em 2022, para R$ 3.589,58, o equivalente a 2,7 salários mínimos.
Conforme o IBGE, isso gerou impacto direto no valor do pagamento de salários e outras remunerações, que totalizou R$ 29,1 bilhões, crescimento de 16,56% em relação ao ano anterior.
Na análise por escolaridade, 76,1% do pessoal ocupado assalariado não tinha nível superior, e 23,9% tinham. Isso representa uma estabilidade em relação a 2022, quando estes números eram 76,3% e 23,7%, respectivamente.
Enquanto aqueles sem nível superior receberam, em média, R$ 2,443,31, quem tinha nível superior recebeu R$ 7.079,03.
Assim, em 2023, as pessoas sem nível superior receberam, em média, 34,5% do salário médio do pessoal com nível superior.
Educação (69,4%) e Administração pública, defesa e seguridade social (49,6%) são as duas seções com a maior participação de pessoas assalariadas com nível superior.
Já na população que não tem nível superior, 24,46% da mão de obra foi alocada no Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas, seguido de Administração Pública, defesa e seguridade social (13,92%) e da Indústria da transformação (13,29%).
Com relação às empresas, foram contabilizadas 128,3mil de empresas e outras organizações formais ativas no ano referência, um crescimento de 7,2% em relação a 2022, quando haviam 119.735.
O número de sócios e proprietários foi de 168.042. Já o total de pessoas ocupadas, quando são levados em conta assalariados, sócios e proprietários, era de 783.880 pessoas, 6,4% maior que o registrado em 2022.
Fonte: Correiodoestado


