
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) participou da mesa que discutiu a importância da gestão integrada das paisagens para conectar políticas públicas de biodiversidade, clima e ordenamento territorial, durante a COP30, em Belém (PA). O evento, “Conexão da paisagem como estratégia para mitigação das mudanças climáticas”, foi realizado na Casa da Mata Atlântica, durante a COP 30, em Belém (PA), no dia 13 de novembro.
O chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais do MMA, Carlos Eduardo Marinello, ressaltou avanços importantes como o Programa Nacional de Conectividade de Paisagens, a Estratégia e Plano de Ação Nacionais para a Biodiversidade (Epanb), o Plano Clima e o recém-lançado Pacto de Sinergias entre as Convenções do Rio.
“Esse trabalho se materializa no território por meio do ordenamento territorial e da gestão da paisagem. Um exemplo disso é o reconhecimento recente de três mosaicos, a criação de unidades de conservação e o avanço na regulamentação das reservas extrativistas e de Áreas de Proteção Ambiental [APAs]. São medidas que fortalecem a governança, ampliam conectividade e aumentam a capacidade do país de enfrentar a crise climática com base em ciência, participação social e integração de agendas.”
A Mata Atlântica, com sua rica biodiversidade e histórico de degradação, foi o ponto de partida para refletir sobre modelos replicáveis de restauração e integração entre conservação, clima e uso sustentável do solo. Foram apresentadas múltiplas perspectivas — do setor público, da sociedade civil e do movimento social.
Representando a Rede de ONGs da Mata Atlântica, Luís Paulo Ferraz, diretor-executivo da Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD) e representante da entidade na coexecução do Projeto GEF Áreas Privadas, na Mata Atlântica, destacou como o projeto tem impulsionado ações estratégicas de conservação, engajamento social e restauração ecológica em propriedades privadas.
Ferraz reforçou o papel central dos proprietários rurais na conectividade de paisagens e na proteção da biodiversidade do bioma, o mais fragmentado do Brasil. Além de enfatizar a importância da ciência como base do trabalho territorial desenvolvido pela organização.
“O MMA, por meio do Projeto GEF Áreas Privadas, está alavancando várias frentes de trabalho executadas pela Associação Mico-Leão-Dourado, com foco direcionado para engajamento social, conservação e restauração de áreas privadas”, pontuou Luís Paulo.
Como exemplo, citou as ações do projeto que visam implementação de unidades demonstrativas para manejo de pastagens, restauração ecológica e agroecologia. Além de mecanismos para fortalecer o engajamento social e a geração de renda, como o Projeto Ciência Cidadã e a criação da Trilha de Longo Curso Travessia do Mico.
Também participaram da mesa a representante do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, Ana Paula Silva; o coordenador de Cooperação Internacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Clayton Lino; e o presidente do Fórum Nacional de Comunidades Tradicionais, e Vagner do Nascimento.
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