COP30: Zona Azul recebe diálogo sobre estratégias nacionais de enfrentamento à degradação da terra

Autoridades do governo do Brasil e especialistas refletiram, na última quinta-feira (20/11), sobre como avançar na neutralização da degradação da terra, destacando caminhos nacionais para enfrentar áreas já degradadas ou em processo de desertificação. O tema conduziu o painel “A Neutralidade da Degradação da Terra (LDN): uma Agenda para Implementação das Convenções do Rio”, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e realizado na Zona Azul da COP30. 

Participaram do diálogo o diretor de Florestas no MMA, Thiago Belote Silva; a especialista do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) no Brasil, Romélia Moreira de Souza; a secretária de povos e comunidades tradicionais do MMA, Edel Moraes; e a secretária executiva da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), Andrea Meza Murillo. A mediação foi feita pelo diretor de Combate à Desertificação do MMA, Alexandre Pires. 

Alexandre narrou os próximos passos da agenda criada pelo governo brasileiro. “São mais de 557 mil quilômetros quadrados de áreas em degradação e temos 42 ações transformadoras, realizadas junto com outros ministérios”, explicou. O trabalho futuro consistirá em consolidar as propostas de metas, consolidar monitoramento, pactuar as metas, divulgar as metas pactuadas e fazer a construção do plano de ação.

“A gente redesenhou o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa para ter e dar coerência. Tem um eixo que olha a cadeia produtiva, um que olha a ciência, outro que olha o planejamento espacial e ainda o eixo de finança”, disse Thiago Belote. Para ele, “restauração é feita de pessoas”. “Precisamos fazer uma restauração inclusiva”, complementou. 

Edel Moraes, por sua vez, reiterou que a ideia é sempre pensar em ações com as pessoas. “Com elas e a partir delas. O objetivo é justiça. Justiça social, justiça climática, defesa da biodiversidade. É cuidado com a Mãe Terra, que cuida de todos nós”, disse.

Humanos, animais e meio ambiente

Organizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), o painel “Uma Só Saúde (One Health) e resiliência climática: destacando soluções intersetoriais para desafios globais emergentes” discutiu como a abordagem integrativa de saúde humana, saúde animal e saúde ambiental é fundamental para o enfrentamento dos efeitos da crise climática.

Participaram do debate o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH), Emmanuelle Soubeyran; a presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Pará, representando o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), Nazaré Fonseca; e o diretor do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária da Organização Pan-Americana da Saúde, Otorino Cozive. A mediação foi realizada pelo diretor do Departamento de Saúde Animal do MAPA, Marcelo de Andrade Mota.

“As crises sanitárias estão cada vez mais frequentes e severas. Por isso, integrar saúde humana, animal e ambiental é essencial para garantir segurança alimentar e sistemas produtivos resilientes diante da mudança do clima”, afirmou o ministro Carlos Fávaro.

“A abordagem de Uma Só Saúde exige cooperação real entre setores diferentes. Precisamos romper silos, trabalhar juntos e usar a ciência para proteger animais, pessoas e ecossistemas diante de ameaças climáticas cada vez mais complexas”, pontuou a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA/WOAH), Emmanuelle Soubeyran. Os diálogos foram realizados até o início da tarde do dia 21 de novembro.

Assessoria Especial de Comunicação Social do MMA
[email protected]

(61) 2028-1227/1051
Acesse o Flickr do MMA

Fonte: Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima