O Ministério da Saúde e o SESI Lab estreiam, no dia 2 de dezembro, a exposição 40 Anos da História da Resposta Brasileira à Aids. A mostra fica em cartaz até 30 de janeiro de 2026 e marca quatro décadas de políticas públicas, ciência, mobilização social e conquistas que transformaram o país em referência mundial no enfrentamento ao HIV e à aids.
A ação integra a programação oficial do Dezembro Vermelho 2025, campanha nacional de conscientização sobre o HIV e a aids e que reúne debates, atividades culturais, apresentações artísticas, oficinas e diálogos com especialistas. A mostra revisita momentos decisivos desde 1985, quando a resposta brasileira foi oficialmente instituída pela Portaria n.º 236.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca também o papel do SUS nesta trajetória: “nesses 40 anos de resposta à aids no Brasil, o SUS esteve presente em 35 deles permitindo avançar no acesso universal a medicamentos, políticas de prevenção e testes para diagnóstico”, afirma. Atualmente, o elenco terapêutico no Sistema Único de Saúde (SUS) é composto por 17 medicamentos ou doses fixas combinadas de antirretrovirais e há mais de 870 mil pessoas em uso de antirretrovirais no país. Além disso, o Brasil adota a estratégia da Prevenção Combinada que associa diferentes métodos de se prevenir do HIV, em uma perspectiva voltada à saúde integral em que se deve considerar as especificidades das pessoas e de seus contextos: idade, identidade de gênero, raça/cor, orientação sexual, práticas sexuais etc.
Mais do que revisitar o passado, a mostra convida cada visitante a reencontrar memórias, reconhecer avanços e refletir sobre os desafios que ainda existem. “São 40 anos de ciência, participação social e cuidados. Avançamos porque profissionais, gestores, ativistas e organizações da sociedade civil lutaram para garantir direitos e enfrentar o estigma e a discriminação. Esta exposição honra essa história e quem fez dela um exemplo para o mundo”, diz o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
A superintendente de Cultura do Serviço Social da Indústria (SESI), Claudia Ramalho, explica que é missão do SESI Lab ampliar o olhar da sociedade sobre ciência e cidadania. “Acreditamos no poder da educação científica para aproximar a população de temas essenciais. Receber esta exposição é reafirmar que ciência, memória e participação social caminham juntas. O tema de saúde é muito caro ao SESI e essa é uma oportunidade para celebrar uma história de sucesso em formulação e gestão de políticas públicas em nosso país”, destaca.
Os quatro eixos da exposição – História: O tempo não para; Avanços tecnológicos: Museu de grandes novidades; Conquistas: Eu quero uma pra viver; e Cinema e debate: A velha bandeira da vida – combinam relatos de vida, documentos, recursos digitais, obras de arte, campanhas emblemáticas e experiências que recuperam a memória coletiva da epidemia no Brasil.
“Reviver essa trajetória é fundamental para inspirar novas gerações e orientar o futuro, pois ainda temos desafios como o estigma, a discriminação e as iniquidades sociais. Vale visitar a exposição e participar da programação, pois ela traduz o pacto pela vida que guiou cada avanço conquistado e a continuidade da resposta”, afirma Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs do Ministério da Saúde.
Relembrar é viver
Na exposição, a programação de cinema e debate oferecerá ao público uma semana de atividades sobre o histórico e o futuro do HIV e da aids no Brasil. Prevenção combinada, diagnóstico, transmissão vertical, determinantes sociais, produção musical, cinematográfica e de artes plásticas, comunicação e o papel da sociedade civil são alguns dos temas a serem debatidos por profissionais e gestores de saúde, pesquisadores, comunicadores e artistas.
Diversas ações são abertas ao público, mas as vagas são limitadas. Para participar é preciso se inscrever no site da exposição, no qual há mais detalhes sobre a programação.
A exposição é uma realização do Ministério da Saúde com o apoio do SESI Lab, do Grupo Pela Vidda-SP, do Museu da Pessoa, da Casa de Oswaldo Cruz, da Universidade de Brasília (UnB) e do Unaids Brasil. A curadoria da mostra foi realizada por um comitê que incluiu representes de redes e movimentos nacionais de pessoas vivendo com HIV e aids, além de técnicos, pesquisadores, organismos internacionais e parceiros do Ministério da Saúde.
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Fonte: Ministério da Saúde


