O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Goulart, participou, nesta terça-feira (25), de uma reunião técnica com o diretor da Rural Development Administration (RDA), Seungdon Lee, para aprofundar as agendas de cooperação bilateral voltadas ao desenvolvimento de biopesticidas.
O encontro ocorreu durante a missão brasileira na Coreia do Sul, focada em inovação e troca de informações técnicas, e reforça uma cooperação bilateral considerada estratégica por ambos os países.
Durante a reunião, o secretário Goulart destacou que o Brasil é líder global no uso de produtos biológicos, mas que ainda não há bioherbicidas disponíveis comercialmente no mundo, segmento que representa mais da metade do uso de defensivos no país.
Para o secretário, a parceria com a Coreia poderá avançar em assuntos regulatórios e tecnológicos. “Queremos aproveitar a cooperação técnica para trabalhar com rigor, agilidade e previsibilidade. Temos sistemas diferentes avaliando o mesmo objeto, e isso abre espaço para alinhamento de procedimentos e compartilhamento de experiências”, afirmou.
O diretor Lee destacou o interesse da Coreia em ampliar a cooperação científica e regulatória, ressaltando que a construção de confiança mútua depende de encontros frequentes, presenciais ou virtuais. Lee também afirmou que os biológicos devem ocupar, nos próximos anos, papel central semelhante ao que os químicos tiveram no passado, e que Brasil e Coreia do Sul têm vantagens complementares que podem acelerar o desenvolvimento conjunto de novas tecnologias.
“Temos o mesmo ponto de vista e estamos prontos para transformar planejamento em ação. Nossas equipes estão motivadas para gerar resultados concretos, principalmente no desenvolvimento de defensivos biológicos, e vemos grande potencial de cooperação com a Embrapa, o Mapa e a Anvisa”, afirmou Lee.
Visita a centros de pesquisa da RDA
Após a reunião, a delegação brasileira visitou instalações estratégicas da RDA. A programação incluiu o Agricultural Science Museum, onde foram apresentados a história e os principais resultados da pesquisa agropecuária coreana, o National Agrobiodiversity Center, que abriga um dos maiores acervos genéticos da República da Coreia, o National Institute of Agricultural Sciences, utilizado para processamento de dados e modelagem de cultivos, além das estruturas de pesquisa da Crop Science Division (NICS) e do National Institute of Horticultural and Herbal Science (NIHHS).
As visitas permitiram à equipe brasileira conhecer tecnologias de ponta, capacidades laboratoriais e projetos de melhoramento vegetal, biodiversidade e fenotipagem.
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