2º Festival Nacional da Agricultura Familiar destaca força dos pequenos produtores

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, visitou estandes e participou da abertura do 2º Festival Nacional da Agricultura Familiar, nesta terça-feira (25), em Brasília-DF. A segunda edição do evento é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf) e reúne delegações de vários estados brasileiros, cooperativas, organizações, movimentos sociais e lideranças do campo.

Até 27 de novembro, o Festival está aberto ao público no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Os visitantes podem conhecer mais do que é produzido na agricultura familiar, como produtos agroecológicos, artesanatos, gastronomia regional, inovação, cultura e saberes tradicionais. Em sua visita, o ministro Guilherme Boulos, além de participar da cerimônia de abertura, foi aos estandes e experimentou vários produtos expostos pelas agricultoras e agricultores.

Na abertura, o ministro Boulos destacou os 20 anos da Contraf e as lutas que a entidade encampou ao longo de sua trajetória e as novas lutas que estão sendo travadas na atualidade. “É muito importante que vocês permaneçam organizados para a gente avançar nas pautas, não só do campo, mas as pautas do povo brasileiro. Porque eu sei que a Contraf defende a reforma agrária, defende o Pacto da Agricultura Familiar, mas também defende as outras pautas. Defende também o fim da escala 6×1, para os nossos trabalhadores terem mais tempo de descanso na cidade. Defende taxar bilionário, bancos e bets para os privilegiados pagarem a conta nesse país”, lembrou Boulos.

O ministro destacou, ainda, que é papel da Secretaria-Geral da Presidência ajudar no processo de avanço das negociações e das pautas da Contraf em todo o país. “Por exemplo, no caso do Minha Casa Minha Vida Rural, já estava conversando com os companheiros e companheiras aqui, e nós vamos fortalecer lá no Palácio do Planalto uma força tarefa para garantir as contratações de casa de vocês no Minha Casa Minha Vida Rural”, garantiu o ministro.

Para Josana Lima, coordenadora-geral do Festival também recordou as lutas históricas da Contraf. “A história da Contraf Brasil, marcada pelo protagonismo dos trabalhadores e trabalhadoras invisibilizadas e invisibilizados por gerações. É a história de quem nunca aceitou desigualdade como destino. Jamais. Por isso que estamos aqui. De quem enfrentou latifúndio, monocultura, devastação ambiental e violência política. Assim, seguiu plantando-se e continuaremos seguindo, sim, plantando vida”, relembrou Josana.

O agricultor pernambucano José Andrade Filho trouxe para o Festival quase tudo que produz no estado do nordeste brasileiro. Mel, maracujá, batata-doce, banana, manga, melão e melancia compõem o estoque de seu estande no evento. Para ele, “se não houver agricultura familiar o Brasil se acaba e todo mundo vai morrer de fome. É uma preocupação nossa porque a gente garante mais saúde e mais segurança alimentar” enfatizou.

Já Luciana Rezende Pereira, agricultora familiar piauiense, ressaltou a importância do Festival para quem vive da terra. “Aqui a gente pode estar mostrar os nossos produtos, como é produzido, o que a gente planta, como é feito. No Piauí a gente tem a cajuína, que é um produto totalmente caseiro, temos a melancia que é plantada sem agrotóxicos, temos a vassoura de palha, da carnaúba, que também é produto do Piauí. Temos a rapadura. Temos a broa de polvilho. Tudo feito por nós. Temos a castanha de caju e temos o doce de goiaba, também produzido por nós. Temos o doce de leite. Todos artesanais. Todos produzidos no Piauí”, orgulhou-se Luciana.

Fonte: Secretaria-Geral