Indústria de defesa brasileira atinge novo recorde de exportações e cresce cerca de 110% em dois anos

Brasília (DF), 1º/12/2025 – A indústria de defesa brasileira acaba de atingir novo recorde histórico de exportações. São US$ 3,1 bilhões em autorizações para exportações de produtos e serviços, crescimento de 74% em relação a 2024 (US$ 1,78 bilhão). Além disso, o valor é mais que o dobro do registrado em 2023 (US$ 1,45 bilhão). Em aceleração, houve um acumulado de cerca 114%, entre 2023 e 2025, o que demonstra que o setor mais que duplicou seu volume de exportações nesse período.

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Os cinco maiores importadores de produtos de defesa brasileiros são: Alemanha, Bulgária, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos da América e Portugal. A Base Industrial de Defesa (BID) se destaca no mercado internacional, comercializando para aproximadamente 140 países em todos os continentes. Atualmente, são cerca de 80 empresas exportadoras.

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Composto por empresas que desenvolvem aeronaves, embarcações, blindados, munições, soluções cibernéticas para proteção de dados, radares, sistemas seguros de comunicação e armamentos, o segmento é estratégico para o país, além de contribuir para a modernização das Forças Armadas. Essencial para a soberania nacional, o setor representa cerca de 3,49% do PIB e gera quase 3 milhões de empregos diretos e indiretos.

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“O Ministério da Defesa trabalha diretamente ligado para auxiliar a nossa base industrial de defesa a ter condições de produzir equipamentos, munições, enfim, uma gama variada de produtos para atender às forças armadas brasileiras e, com isso, torná-las as capazes de ter produtos com competitividade para a venda no mundo como um todo. O Ministério da Defesa utiliza a Seprod como instrumento para ter esse relacionamento com a nossa indústria de defesa, para que ela continue crescendo, se mantendo em alto grau de tecnologia e continue aumentando suas vendas para o mundo”, afirma o Secretário de Produtos de Defesa, Heraldo Luiz Rodrigues.

Trabalho conjunto

Uma das funções do Ministério da Defesa é criar condições que permitam alavancar a BID, capacitando a indústria nacional do setor para que conquiste autonomia em tecnologias estratégicas para o país. Assim é um dos principais responsáveis pelo aumento das exportações. 

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O resultado também é fruto do trabalho em conjunto com outros atores: órgãos governamentais, agências de investimento, bancos públicos, corpo diplomático, entidades de classe, empresas, entre outros. No Ministério da Defesa, o setor responsável pelo estímulo à BID é a Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod), que possui quatro departamentos. 

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O Departamento de Promoção Comercial (Depcom) participa de feiras internacionais de defesa e de eventos empresariais bilaterais para buscar novas oportunidades para a BID no mercados nacional e estrangeiro. Além disso, autoriza as exportações de produtos de defesa. 

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Em 2025, promoveu dois Diálogos de Indústria de Defesa com Turquia e Jordânia, realizados em Brasília, e participou da feira LAAD Defence & Security, no Rio de Janeiro (RJ), quando foram fechados contratos de venda de produtos de defesa para alguns países. Também organizou o Brazilian Defense Day Embaixadas, na capital federal, com a participação do corpo diplomático de cerca de 50 países e 47 empresas, com o objetivo de impulsionar as exportações de produtos de defesa. 

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Regulação

Por sua vez, o Departamento de Produtos de Defesa (Deprod) atua na formulação de propostas relacionadas à legislação do setor; acompanha as compensações tecnológica, industrial e comercial (offset) de interesse da Defesa; e gerencia o processo de cadastramento de empresas e produtos de defesa.

Atualmente, são 307 empresas credenciadas e 2.219 produtos classificados. Em 2025, foram classificados 417 produtos e credenciadas 62 novas empresas. A qualidade dos produtos é garantida por meio das visitas de avaliação técnica realizadas periodicamente às empresas credenciadas.

Parcerias

Já o Departamento de Financiamentos e Economia de Defesa (Depfin) tem como atribuições principais a proposição de parcerias com instituições públicas e privadas para a obtenção de financiamentos, garantias e investimentos para as instituições científicas, tecnológicas e de inovação e o acompanhamento da política tarifária que incide na importação e exportação de produtos de defesa.

Neste ano foi assinado um acordo de cooperação técnica com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para fortalecer a BID por meio da ampliação da participação do setor de defesa nas exportações brasileiras, além do aumento dos índices de nacionalização de bens e serviços do setor.

Inovação e Desenvolvimento Tecnológico

O Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação (Decti) atua para transformar o potencial científico e tecnológico brasileiro em produtos competitivos, capazes de atender às exigências do mercado internacional e ampliar as exportações. Essa estratégia fortalece a autonomia nacional em áreas sensíveis e estimula a Base Industrial de Defesa (BID).

Nos últimos cinco anos, cerca de 140 projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) foram incorporados à Carteira de Projetos de Ciência e Tecnologia e Inovação (CTI) em Matéria de Defesa, com investimentos que já somam R$ 700 milhões. Além disso, 34 projetos da BID receberam subvenções econômicas de agências de fomento, como a Finep e o CNPq, totalizando R$ 1,1 bilhão em apoio financeiro.

Em 2025, o Decti promoveu dois Seminários de Integração das Instituições de CTI em Defesa, reunindo governo, indústria e academia para compartilhar experiências, criar parcerias e aperfeiçoar programas e produtos. Essas iniciativas são fundamentais para garantir que a inovação tecnológica se traduza em soluções práticas, aumentando a competitividade da indústria nacional no cenário global.

Por Rafael Paixão
Fotos: Érico Alves, Luis Carbo, MB, EB e FAB

Assessoria Especial de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
(61) 2023-5321

Fonte: Ministério da Defesa