O estado do Pará realizou, na última sexta-feira (28 de novembro), a etapa estadual da II Conferência Nacional do Trabalho (II CNT), reunindo representantes de trabalhadores, empregadores e governo no Sindicato dos Bancários do Pará, em Belém. A iniciativa integra o processo nacional de debates tripartite, cujo objetivo é formular propostas para políticas públicas voltadas à geração de emprego, promoção do trabalho decente e fortalecimento do diálogo social, em sintonia com as transformações que impactam o mundo do trabalho.
A mesa de abertura contou com a participação do secretário de Proteção ao Trabalhador do MTE, Carlos Augusto Gonçalves Júnior, que destacou a importância da retomada do processo conferencial. “A conferência resgata um espaço nacional estratégico para discutir soluções para os desafios do trabalho, reunindo governo, trabalhadores e empregadores em uma agenda comum”, afirmou.
O superintendente regional do Trabalho e Emprego no Pará e presidente da conferência, Paulo Gaya, ressaltou o papel das entidades empresariais na construção das propostas. “A participação do setor produtivo é essencial para construirmos políticas equilibradas e condizentes com a realidade de cada região”, declarou.
Representando a bancada patronal, o gerente jurídico da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), Fernando Vaz, destacou a elaboração de uma posição conjunta do setor. “Construímos uma proposta alinhada às necessidades do estado e defendemos que o negociado prevaleça sobre o legislado, sempre preservando os direitos dos trabalhadores”, afirmou.
Pela bancada dos trabalhadores, participou a presidenta da CUT Pará e presidenta do Fórum Estadual das Centrais Sindicais, Vera Pauloni, que ressaltou a importância do diálogo social para enfrentar desigualdades históricas no mercado de trabalho e fortalecer a proteção dos trabalhadores.
As discussões da etapa estadual foram organizadas em torno de temas como transformações tecnológicas e digitais, emprego e trabalho decente, transição justa, qualificação profissional, combate à informalidade e fortalecimento da proteção social. Ao final dos debates, 14 propostas foram aprovadas e comporão a contribuição do Pará para a etapa nacional da II CNT, que será realizada em março de 2026.
As etapas estaduais da II CNT contam com apoio técnico da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
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