A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, participou nesta quinta-feira (4), em Campo Grande (MS), da abertura do III Encontro Nacional com Gestoras das Casas da Mulher Brasileira. O evento reúne gestoras de todas as regiões do país para discutir avanços, desafios e novas estratégias de fortalecimento da rede de proteção às mulheres em situação de violência.
Durante a cerimônia, a ministra destacou o papel central das Casas da Mulher Brasileira como portas de entrada para serviços integrados de atendimento, acolhimento e encaminhamento das mulheres. Márcia reforçou ainda a importância da articulação entre governo federal, estados e municípios para garantir respostas rápidas, humanizadas e qualificadas em todo o território nacional.
Ela lembrou que o enfrentamento à violência exige cooperação entre os diferentes entes da Federação. “Eu não tenho dúvida de que as soluções para as realidades brasileiras não estão lá em Brasília. Nós temos um país federado, nós temos uma Constituição, a nossa Constituição brasileira de 1988, que trata do pacto federativo. E sem essa articulação de nível federal com os estados e com os municípios, nós não vamos cumprir o nosso dever, nós não vamos dar conta de responder a essas demandas das realidades”, afirmou.
Ao falar da centralidade das mulheres nas políticas públicas, a ministra ressaltou que elas são maioria da população e que a resposta do Estado precisa ser integrada. “Nós não vamos dar conta da política para as mulheres sem o compromisso e a presença de todas as áreas de governo. Isso vale para o governo federal, para o estadual, para o municipal. Nós temos que entender que as políticas intersetoriais, transversais e a política para as mulheres são assim: feitas com a participação de todas e todos”, completou.
O evento contou ainda com a presença da secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Estela Bezerra; do vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa; da secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza; da gestora estadual da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande, Carla Stefanini, entre outras autoridades.
O encontro segue até sexta-feira (5) e reúne gestoras dos estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Pará, Piauí, Maranhão, Roraima, Tocantins, São Paulo, Paraná, Sergipe, Amapá e do Distrito Federal.
Visita à Casa da Mulher Brasileira
No mesmo dia, a ministra visitou a primeira Casa da Mulher Brasileira, que completou 10 anos de funcionamento em 2025. Durante a visita, a comitiva percorreu os principais serviços ofertados no equipamento, conversou com as equipes técnicas e destacou o papel estratégico da Casa para o enfrentamento às diversas formas de violência de gênero.
A coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, Carla Stephanini, destacou a missão do equipamento para a proteção das mulheres e a preservação de vidas. “Nossa missão é salvar vidas, e nós estamos celebrando os 10 anos da Casa da Mulher Brasileira dentro da campanha dos 21 Dias de Ativismo, fortalecendo as nossas relações institucionais e aprimorando os nossos serviços com todas as demais casas do nosso país”.
A visita também simbolizou o reconhecimento da importância do modelo da Casa da Mulher Brasileira como política pública de referência nacional, reafirmando o compromisso do Ministério das Mulheres em expandir, integrar e fortalecer a rede de enfrentamento em todo o Brasil.
21 Dias de Ativismo
Organizado pela Secretaria de Estado da Cidadania do Governo do Mato Grosso do Sul, em parceria com o Ministério das Mulheres, por meio da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, o III Encontro Nacional com Gestoras das Casas da Mulher Brasileira integra a programação dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres e do Racismo, que teve início no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, e segue até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Neste ano, o Ministério das Mulheres preparou uma série de ações para a campanha, em parceria com outros órgãos de governo e com a sociedade civil. Clique aqui para mais informações.
Fonte: Ministério das Mulheres