Workshop da Aquicultura une superintendências e promove oitiva final para o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) concluiu nesta quinta-feira (4) uma agenda intensa de três dias de trabalho. O 4º Workshop da “Aquicultura: Inovação, Regularização e Desenvolvimento Sustentável” reuniu a gestão central e os Superintendentes Federais de Pesca e Aquicultura para aprimorar e alinhar sobre a execução das políticas públicas no setor. O ciclo foi finalizado com a Oitiva Final para o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Aquicultura.

Alinhamento de Brasília com os estados
Os dois primeiros dias do evento (2 e 3) foram dedicados à imersão técnica e ao alinhamento estratégico entre a sede do Ministério e as superintendências da Pesca e Aquicultura, os representantes do MPA nos estados, responsáveis por levar as políticas públicas à ponta. 

A diretora de Desenvolvimento e Inovação do MPA, Luciene Minani, reconheceu os desafios da ponta e a necessidade do encontro para fortalecer a agenda aquícola. “A intenção foi trazermos os nossos superintendentes e os técnicos das superintendências federais para que eles também se engajem e se envolvam no nosso plano nacional. Afinal, na hora que o Ministério propõe a política pública, quem vai executar essa política lá na ponta?”, explicou a diretora. 

Desenvolvimento sustentável na Ponta
A oportunidade de reunir os Superintendentes permitiu um “intercâmbio” de experiências regionais, trazendo à tona o potencial de cadeias específicas, como a maricultura no Nordeste. Darlany Benedita Cabral Sá da Rocha, chefe de Divisão da Superintendência Federal de Pesca e Aquicultura – SFPA-PE, destacou o cultivo de ostras como um caminho de baixo custo e alta sustentabilidade que se encaixa perfeitamente no novo Plano Nacional.

“Eu acho uma grande aposta, viu? A gente no Nordeste, especialmente em Água Boa, uma grande aposta, porque não precisa raçoar gente… Não precisa de ração, é barato. Eu só preciso alguém todo dia lá com barquinho Monitoramento e dar uma limpezinha e depois sair para vender. Então assim, é uma aposta do futuro extremamente sustentável”, disse Darlany.

Outros debates abordaram a importância do mapeamento de viveiros por satélite, realizado com a Embrapa Territorial, como ferramenta essencial para dar segurança jurídica e viabilizar o crédito aos produtores que hoje não constam nas estatísticas.

Oitiva final
O terceiro dia marcou a Oitiva Final, um evento de grande porte que encerrou um ciclo de 16 reuniões de escuta com o setor produtivo. A sessão contou com a presença do ministro André de Paula, do secretário-executivo, Edipo Araujo, da secretária Nacional Fernanda de Paula, além de representantes do Sebrae e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O secretário-executivo do MPA, Edipo Araujo, definiu a importância do momento com uma declaração contundente sobre a maturidade da atividade. “Aquicultura não é futuro: aquicultura já é presente há muito tempo. A gente precisa universalizar a palavra aquicultura no nosso país. Sabe por quê? Porque essa é uma cadeia que bota alimento na mesa do nosso consumidor. Porque essa cadeia contribuiu para tirar o país do mapa da fome e da pobreza,” declarou o secretário.

O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, destacou a parceria com as superintendências como fundamental para o sucesso da gestão. “Eu tenho muita alegria e muita gratidão por ter a solidariedade de vocês. Nós temos tido muitos desafios aí que têm sido vencidos, mercê dessa parceria,” reforçou o ministro, em reconhecimento ao trabalho dos superintendentes.

Ministro André de Paula em seu discurso no Workshop da Aquicultura
Ministro André de Paula em seu discurso durante o Workshop da Aquicultura

A secretária Nacional de Aquicultura, Fernanda de Paula, detalhou que o Plano Nacional materializa as diretrizes do decreto ProAqui e reforçou a persistência necessária para tirar as demandas do papel. “Em cada oitiva a gente entende e descobre um ponto a mais que precisa ser incluído. É uma atualização e a gente precisa ser resiliente e persistente. Acima de tudo, persistente que uma hora a gente vai conseguir, né? Avançar nessas demandas e honrar esse compromisso com o setor, entendendo realmente seus anseios e dores”, afirmou a secretária.

Secretária Fernanda de Paula
Secretária Fernanda de Paula

Com a conclusão da Oitiva, as propostas de Inovação, Regularização e Desenvolvimento Sustentável coletadas no Workshop e nas oitivas temáticas seguirão para refinamento e posterior consulta pública, guiando os caminhos da aquicultura brasileira para os próximos anos.

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Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura