O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e a Corporação Financeira Internacional (IFC), integrante do Grupo Banco Mundial, firmaram um acordo para ampliar a cooperação técnica. O novo foco é a promoção de cidades com edificações mais verdes e capazes de mitigar riscos climáticos. A extensão do acordo de cooperação foi assinada em novembro, durante a Cúpula Mundial de Prefeitos da C40, no Rio de Janeiro (RJ).
O acordo entre MMA e IFC teve início em fevereiro de 2025 com foco em construções sustentáveis e certificações. A nova etapa, prevista para começar em janeiro de 2026, incluirá o componente de resiliência aos impactos das mudanças climáticas. O objetivo é fortalecer as ações de mitigação alinhadas aos programas do MMA, como o AdaptaCidades e o Programa Cidades Verdes Resilientes (PCVR).
A nova etapa da parceria prevê a prestação de assessoria técnica pela IFC para o desenvolvimento de projeto-piloto. Este terá como foco a análise, a modelagem e a promoção de intervenções que permitam aferir a resiliência a riscos climáticos em instalações-chave.
O escopo inicial contemplará a avaliação de construções estratégicas em cidades selecionadas por sua maior vulnerabilidade a impactos climáticos. A iniciativa irá identificar e avaliar pelo menos dez tipos principais de edifícios público-privados cruciais para esforços de resiliência climática, como hospitais, escolas, escritórios governamentais e instalações industriais.
A amostra de edifícios será avaliada utilizando a ferramenta Índice de Resiliência das Edificações (BRI, na sigla em inglês) da IFC. O BRI facilita o mapeamento de riscos e a avaliação de resiliência no setor da construção, ajudando a identificar riscos por localização e sugerindo medidas para mitigá-los. Riscos de inundações, ventos fortes e erosão estarão no foco da aplicação da ferramenta. A IFC promoverá, ainda, treinamento técnico para os setores público e privado no Brasil para conduzir essas avaliações.
O BRI representa, ainda, uma oportunidade para impulsionar a expansão de negócios resilientes a desastres e fomentar a cultura de sustentabilidade.
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