De acordo com a polícia, suspeito ainda atirou contra mulher do homem que morreu durante o desentendimento, em Campo Grande. Esse é o 7ª caso de feminicídio em MS entre 1° de janeiro e 1° de março de 2020.
02/03/2020 09h00 – Por: G1
Um guarda municipal de 35 anos é suspeito de matar a tiros a ex-companheira, uma estudante de 28 anos, no início da madrugada desse domingo (1º), no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande. De acordo com a polícia, ele também teria atirado contra uma amiga da vítima e o marido dela, que morreu no local. O suspeito está foragido.
Conforme a delegada Elaine Cristina Ishiki Benicasa, há 15 dias, a jovem registrou um boletim de ocorrência contra o suspeito por ameaça com arma de fogo e invasão de domicílio. Na ocasião, ela solicitou medida protetiva e esta foi autorizada pela Justiça. O suspeito foi notificado e intimado.
O G1 entrou em contato com a Guarda Municipal de Campo Grande que informou que os fatos estão sendo apurados e que nesta segunda-feira (2) se posicionará sobre o caso.
Segundo a delegada, o casal estava junto há 7 meses. O suspeito não tinha passagem pela polícia. Na madrugada desse domingo ele foi até um churrasco onde vítima estava com amigos, a chamou para conversar na frente da casa e os dois começaram a discutir.
Ainda de acordo com a delegada, ele atirou contra a cabeça da ex. A amiga, que é enfermeira, correu para dentro do imóvel para pedir ajuda e foi atingida com um tiro nas costas. Ela está internada na Santa Casa de Campo Grande que informou que seu quadro de saúde é estável e não corre risco de morte.
O marido da amiga da vítima, um promotor de vendas, que foi socorre-la, levou um tiro no tórax e não resistiu ao ferimento e morreu no local. Os corpos foram encaminhados para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol), em Campo Grande. A suspeita é que o guarda municipal usou um revólver calibre 38, segundo a ocorrência.
A Casa da Mulher Brasileira investiga o caso que foi registrado como feminicídio, homicídio e tentativa de homicídio. Esse é o sétimo feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul entre 1° de janeiro e 1° de março de 2020.
