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A importância de 8 de maio ! por Rosildo Barcellos

11/05/2018 08h20

É impressionante como alguns temas históricos são tão pouco trabalhados, conversados ou lembrados.

Por: Tião Prado

É impressionante como alguns temas históricos são tão pouco trabalhados, conversados ou lembrados. É visível a falta de informação de qualidade mesmo com tantos recursos tecnológicos, e isso ainda fica mais evidente quando o objeto de estudo é justamente a História do Brasil. Tenho tido através dos anos um imenso mas reconfortante trabalho de realizar pesquisas e reunir informações e como resultado além da minha própria evolução cultural, tenho obtido um satisfatório reconhecimento do público leitor. Um destes assuntos é a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial que por si só é um tema interessante em diversos aspectos. Daí a importância dentre outras comemorações, reverenciar que “No dia 8 de maio chegou a auspiciosa notícia: foi assinada, na Alemanha, a rendição incondicional de todas as forças alemãs. O tão esperado Dia da Vitória aconteceu. A paz voltou a imperar no Teatro de Operações da Europa” (Trecho do Livro “Quebra Canela”, 1982, p. 184, 185).

Independente disso, acredito que o país comandado por Getúlio Vargas soube aproveitar ao máximo a sua inicial condição de neutralidade. Assim a Força Expedicionária Brasileira, com 25.334 homens, garantiu a participação brasileira ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, durante a Segunda Guerra Mundial.

Constituída principalmente por uma divisão de Infantaria, historicamente é considerada o conjunto de todas as forças militares brasileiras que participaram daquela campanha. Adotou como lema “A cobra está fumando”, em alusão ao que se dizia à época que seria “Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa”. Mas uma das partes mais marcantes foi um registro no livro Senta Pua, que me impressionou pelo discernimento e fortaleza de nossos comandantes.

Neste livro o autor relata que um general americano manda uma mensagem ao General brasileiro (General Mascarenhas) pra que recue as tropas brasileiras, pois estavam Homenagem na Praça em Corumbá sob forte ataque dos alemães. Então o General americano recebe a seguinte resposta: Avise ao seu comandante que ele pode ir pra esquerda, pra direita ou recuar suas tropas que não será percebido, mas, eu não posso. Depois de tudo isso foi outra guerra, a luta para que os pracinhas, terem os direitos reconhecidos. Mas, apesar de tudo, não deixa de ser uma das páginas mais lindas e dramáticas de nossa História. E até hoje, os brasileiros são venerados na Itália e chamados de libertadores, nas vilas e cidades do Vale do Rio Pó. Foi o caso de Sebastião Ribeiro, de Ponta Porã, do 6° Regimento de Infantaria de Caçapava/SP, que encontrou a morte em Molazzano em 31 de outubro de 1944, o primeiro sul-mato-grossense morto pelos alemães.

No mês de novembro daquele mesmo ano, morreram Alcebiades Bobadilha da Cunha, do 6º Regimento, natural de Porto Murtinho, morto por tropas alemãs no dia 07 na localidade de Marano; Waldemar Marcelino dos Santos, do 9° Batalhão de Engenharia, natural de Corumbá, no dia 21 no Posto de Comando da FEB Porreta Terme. E em nome de Ananias Pereira Mendes, de Corumbá, e os inenarráveis Agostinho Gonçalves da Mota, Moacir Aleixo, Manoel Castro Siqueira e Isidoro Teodoro da Silva que conheci em Campo Grande; relembro a memória de todos os outros heróis desta época, também contada por Francisco Maciel de Castro, de Aquidauana. Destarte, mais que tudo, é um grande exemplo para o nosso cotidiano pois eles se arrojaram ao inverno que não estavam acostumados, diferente do nosso clima, a saudade, mas a vontade de ver e viver a liberdade era algo que estava e estão correndo até hoje no sangue de cada brasileiro

*Articulista

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