“A maior contribuição para a redução da fome no mundo”, diz Wellington Dias ao avaliar resultados sociais do ano

Foto: Joédson Alves/Agência Brasi

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, afirmou que a saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU – conquista alcançada em 2025 – foi resultado de políticas públicas integradas de combate à pobreza, fortalecimento do Bolsa Família e ampliação da proteção social. Em entrevista à Voz do Brasil, que foi ao ar na segunda-feira (29.12), ele destacou que mais de 30 milhões de pessoas deixaram a situação de insegurança alimentar em apenas dois anos, consolidando o país como principal referência no enfrentamento da fome e da desigualdade no mundo.

Para o ministro, a conquista evidencia o impacto das escolhas políticas. “O Brasil já tinha saído do Mapa da Fome [em 2014] e mostra que, quando o país toma decisões erradas, piora”, afirmou, ao lembrar que o desmonte das políticas sociais após 2016 levou o país a registrar 33 milhões de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza. O país havia retornado ao indicador da ONU em 2018.

O Brasil já tinha saído do Mapa da Fome [em 2014] e mostra que, quando o país toma decisões erradas, piora. Agora, em apenas dois anos, com o comando do presidente Lula, tiramos mais de 30 milhões de pessoas do Mapa da Fome. Foi a maior contribuição para a redução da fome no mundo”

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

“Agora, em apenas dois anos, com o comando do presidente Lula, tiramos mais de 30 milhões de pessoas do Mapa da Fome. Foi a maior contribuição para a redução da fome no mundo”, destacou Wellington Dias. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), em 2024, 62 milhões de pessoas saíram da fome no mundo, sendo 24,4 milhões do Brasil.

POLÍTICAS INTEGRADAS — A retomada e o aperfeiçoamento de políticas públicas estruturantes contribuíram para esse resultado, integrando assistência social, saúde e educação. De acordo com o ministro, o país hoje conta com um Cadastro Único (CadÚnico) mais moderno e interligado aos serviços essenciais. “Quando uma pessoa aparece desnutrida numa Unidade Básica de Saúde, a rede atua de forma integrada para identificar se o problema é de renda, de saúde ou ambos”, explicou.

Esse modelo, conhecido como busca ativa, permite que famílias em situação de vulnerabilidade sejam rapidamente identificadas e incluídas nas políticas públicas. O Bolsa Família é peça central dessa estratégia. “Entrou uma vez, só sai para cima. A pessoa não perde o benefício ao conseguir emprego ou abrir um pequeno negócio, só sai quando supera a pobreza”, afirmou o ministro.

Liderança Internacional 

Dias fez um balanço sobre a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada pelo Brasil durante a presidência do G20, em 2024. Segundo ele, o mundo é capaz de produzir duas vezes o que a população mundial precisa para se alimentar. Mas para isso, os países precisam atuar de forma organizada. Assim, Dias avalia que o mundo poderá dar os saltos necessários para atingir dois dos 18 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030: a erradicação da pobreza extrema e da fome.

O ministro também destacou que o exemplo brasileiro tem inspirado outros países. “Programas como o Bolsa Família, Alimentação Escolar, Programa de Aquisição de Alimentos, Cozinha Solidária, o combate ao desperdício de alimento, que cientificamente são atestados como eficientes, fizeram o mundo mudar”, disse.

Foco na Segurança Alimentar 

Para os próximos anos, a meta do Governo do Brasil é avançar ainda mais. O ministro afirmou que o Brasil deve encerrar 2025 com menos de 1% da população em situação de insegurança alimentar e alcançar os menores índices históricos de pobreza extrema, pobreza e desigualdade. “Não é só olhar o ano, é preparar o futuro”, destacou.

Entre as medidas estruturantes citadas, estão a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e o “cashback” da reforma tributária, que devolverá impostos pagos por famílias de baixa renda a partir de 2027. “Essas coisas colocam o Brasil no caminho de um país mais desenvolvido e com menos desigualdade. E que venha 2026 e um Brasil ainda mais preparado para crescer a economia, para melhorar a saúde, educação, melhorar a segurança. Será um ano de grandes vitórias para o social”, concluiu.

Reprodução Secom/PR

Fonte: Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome