Uma grande mobilização interinstitucional começou nesta segunda-feira (17.11) no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), levando atendimento completo de saúde à população privada de liberdade. A ação reúne equipes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e diversos parceiros para garantir cuidado integral aos custodiados.
Integrada ao programa “Saúde Prisional em Foco”, a iniciativa envolve cerca de 75 profissionais da Agepen, SES, Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), UFMS, Vigilância Sanitária, Universidade Anhanguera e UEMS. Até quarta-feira, serão realizados atendimentos a todo o efetivo da unidade, que ultrapassa 1,5 mil internos.
O trabalho abrange avaliação clínica, verificação de sinais vitais, definição do perfil epidemiológico, testes rápidos para hepatites B e C, sífilis e HIV, consultas médicas e odontológicas, além de vacinação contra Covid-19 e influenza. As informações são registradas no prontuário eletrônico, permitindo organizar os tratamentos e acompanhar os casos de forma contínua.
A diretora de Assistência Penitenciária da Agepen, Maria de Lourdes Delgado Alves, explica que a ação atende ao Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário e fortalece a prevenção dentro das unidades. “Esse levantamento mostra as doenças mais presentes em cada presídio e possibilita iniciar o tratamento imediatamente, evitando agravamentos e deslocamentos externos”, comenta.
Segundo a Gerência de Saúde no Sistema Prisional da SES, muitos internos ingressam no sistema já com condições como sífilis, hepatites ou HIV, o que evidencia a importância da triagem na porta de entrada.
O IPCG é a quarta unidade a receber a iniciativa, que já passou pelo Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, Centro de Triagem Anísio Lima e Presídio de Trânsito de Campo Grande. O objetivo é construir um panorama epidemiológico capaz de orientar políticas públicas mais precisas.
Entre os avanços obtidos com edições anteriores está a aquisição de uma unidade odontológica móvel, que ampliará o atendimento especializado nos presídios.
A UEMS participa com acadêmicos de Direito, Terapia Ocupacional, Psicologia e Medicina, enquanto o município disponibiliza insumos, testes rápidos e suporte técnico durante os atendimentos.
Fonte: AGEPEN – MS



